As Cartas Que Eu Nunca Enviei

O que devo dizer para a rainha da minha janela?
O que devo cantar, pois minha senhora não ouvirá?
Sempre em prontidão, serei sua sentinela
Para onde irei se minha senhora não estará?

Quando a lua surgir a quem devo amar?
Minha senhora se foi, seu pudor é sua prisão
O que devo prever se a minha rainha chamar?
O que devo fazer quando ela chorar?

Passo os dias freando essa morte lenta
Através das cartas que eu nunca enviei
Ansiando arrancar seu cinto de castidade
Então possuí-la como faria o rei

O que devo pensar se ela então caminhar?
Deixando os rastros da virtude no chão
Bem vinda senhora, estou a lhe esperar
Beijarei seus pés, seu ventre, suas mãos

Meus desejos irão me conduzir à masmorra
Idolatrá-la à distância, isso já não me basta
Mas hei de honrá-la até o dia em que eu morra
Pois tu és minha alteza, a pura, a casta

Passo os dias freando essa morte lenta
Através das cartas que eu nunca enviei
Ansiando arrancar seu cinto de castidade
Então possuí-la como faria o rei

Passo os dias freando essa morte lenta
Através das cartas que eu nunca enviei
Ansiando arrancar seu cinto de castidade
Então possuí-la como faria o rei



Credits
Writer(s): Marcelo Drummond Nova, Drake Drummond Da Silva Nova
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