Ate Quando

Mais um jovem negro no chão
Indefeso e sem arma na mão
Sonhos que não envelhecerão
Outra vida em vão

Hey, dias de fúria, microfone
Empenho contra o senhor do engenho
Sangue do meu sangue no chão
Por isso não me abstenho

Jovem, adulto, idoso, morto a tiros
Esse é o desenho
A cena que se repete
A história que sempre acontece

Mãe do Jardim Alvorada, Cafezal, Palmital, São José
Morro do Papagaio ou Pedreira, eu sei, é assim que é
A bala perdida tem nome, endereço e cor
Prossegue a dor de quem se parece comigo
E todo mundo conhece o inimigo

Outra mãe que não vai dormir
Outros filhos que não vão sorrir

Até quando, até quando aceitar?
Até quando? Até quando?
Até quando, até quando suportar?
Até quando? Até quando?

Senhorios tramam contra a paz
Violentam o futuro então
Espalham o ódio num cartaz
E cegam o coração

Outra mãe que não vai dormir
Outros filhos que não vão sorrir

Até quando, até quando aceitar?
Até quando? Até quando?
Até quando, até quando suportar?
Até quando? Até quando?

Até quando, até quando aceitar?
Até quando? Até quando?
Até quando, até quando suportar?
Até quando? Até quando?



Credits
Writer(s): Marcelo Loss Pereira Machado, Eduardo Cesar Goncalves Megale, Rogerio Francisco Dias
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link