A Kasumbula (feat. Olinda Simeão)

Fazendo rota
Adeus rocha
Adeus gente torta
Meso bem deu a dika
É c'uma perna às costas
Meso venceu a aposta
Ganhando pés ao céu
Contemplando meu troféu
Degustando do pitéu
Um pincho e uma cola
Controladores aéreos
Vão fazendo seu escarcéu
Só entendo já beubéu
E provoca em mim risota
Esses merdas nem sequer têm radar (boa)
Não preciso me preocupar à toa
Sô ministro vai espumar
Chorona
Gemido frente ao titular
E s'o seu nguimbo rolar
SAFODA
Kambada de gatunos
Açambarcam todos fundos
Sem AK, só mesmo o punho
Gente má só vai a tungos
Não há cá mais nhucunhucu
S'eu mandasse nesse assunto
Lhes juntava já num muro
Bomba
E é por isso que a gente rouba
Mas nós somos eruditos porras
Com degrees, diplomas
Curtimos desafios
De ver o poder aflito
Somo' artistas
Cada golpe é digno do MoMA
E o cliente tem sempre isso em conta
Só que desta vez não confio no freguês
Tem pouquita honra
E como entendo jajonês
Não caio em 1, 2, 3
Mano Meso espreita só a conta

OK
OK
Estavas a pensar ias te matondelar
Kasumbulei

O avião mergulha no ar
E eu ponho os óculos escuros
Tiro uma pastilha
e dou um sorriso um pouco obscuro
Escrevo uma SMS de uma única frase
Tá feito
Vê se apresse
Essa é a última fase
Envio, enquanto checo todos quites na mochila
Vinco na cara
Coisa de quem há dias não cochila
Frente à minha casa estaciona um carro preto
Vejo que a freguesia tenciona focar no certo
Um jovem de trajes de gala caminha até mim
Dá-me uma mala
E eu correspondo com um aceno
Confiro
Esses são armados em mais espertos
Em casa deixo tudo fechado
Só o gás aberto
Me solto pela porta dos fundos
Relógio agora conta os segundos
Tão rápido que num relance
Entro no táxi
Não esperarei o golpe tar na boca do mundo
As manchetes que virão são irrelevantes
Que tenham a noção dessa lição importante
Se eu descobrir que tão a roubar o povo
Vou voltar aqui
para vos roubar de novo

Começando já com este vôo
Cancelo o acordo
Boelos
São pouco honestos
E sonsos
Ardil pra nos foder
A CIA pra nos deter
Sem remorso
Mudo plano
Piupiu vai pr'outro dono
De todos modos não precisam dele pra nada
O foco era kibiona evitada
Ter a honra lavada
Ia acabar na sucata
Vamos lhe dar vida nova
E uma tropa sem farda
Organização puramente africana
Com coração
Dibinzada
E a missão arriscada
Voam em zonas de conflito
Largam bombas doutro tipo
Fardos de roupa e petisco
Para pessoas em risco
Baza
Já avisto a senda que conduz às coordenadas
Uma pista d'areia algures no Botswana

OK
OK
Estavas a pensar ias te matondelar
Kasumbulei



Credits
Writer(s): Henrique Beirão
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