Dia dos Mortos

Hoje eu levantei sem ter ideia para onde ir
Sem nenhuma inspiração e nenhuma tarefa a cumprir
Então corri até onde sopram todos os ventos ruins
Mas lá também não havia absolutamente nada para mim

E toda essa bebida amarga que insiste em cair dos céus
Levando os restos que um cachorro deixou na sua porta
Não lhe deixa perceber que todo esse dilúvio incessante
Só irá matar sua sede quando você já estiver morta

Tudo quanto um dia vier à mão
Faça agora, pois em breve será espuma
E na sepultura para onde vais
Não há luz, nem sabedoria alguma

Seu rosto era como uma lei da natureza
Torto, implacável, feroz e impassível
Uma boca insolente como um a de um carrasco
E uma alma remendada que nunca ficava visível

Ela se agarrou à esperança como uma sanguessuga
Crente que Deus ajuda a quem cedo madruga
Então corri até onde sopram todos os ventos ruins
Mas lá também não havia absolutamente nada para mim

Tudo quanto um dia vier à mão
Faça agora, pois em breve será espuma
E na sepultura para onde vais
Não há luz, não há sabedoria alguma

Então tudo quanto um dia vier à mão
Faça agora, pois em breve será espuma
E na sepultura para onde vais
Não há luz, nem sabedoria alguma

Então tudo quanto um dia vier à mão
Faça agora, pois em breve será espuma
E na sepultura para onde vais
Não há luz, nem sabedoria alguma

Tudo quanto um dia vier à mão
Faça agora, pois em breve será espuma
E na sepultura para onde vamos
Não há luz, não há sabedoria alguma



Credits
Writer(s): Drake Drummond Da Silva Nova, Inez Maria Da Silva Nova, Marcelo Drummond Nova
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