Ingrata

Me parei numa tarde sozinho
Já me veio na imaginação
Afinei muito bem o meu pinho
Porque eu adivinho no meu coração

Acentei de fazer essa modinha
Pras mocinha prestarem atenção
Ai, quando eu canto ainda tenho a certeza
Que algumas beleza faz reclamação

As mocinhas que tem o prazer
Na hora de ver esses peito gemer
Pra cantar no salão

Isto eu falo e é bem declarado
Dou conselho e com muita razão
As moças que tem seus namorado
Que tomem cuidado com esses gavião

Porque esses mocinhos de agora
Só namora com má intenção
Ai, esses namoro de hoje em dia
Tudo é fantasia, interesse, ilusão

Tenho pena das pobre coitada
Serem bem-criada e ficar mal-falada
Que é uma judiação

Isto eu falo e ninguém me desmente
Porque eu vi, não é minha invenção
Vejam só que papel indecente
Fazia esta gente sem educação

Vi uma moça com um cravo no peito
E um sujeito pegando em suas mão
Ai, conversava e ninguém compreendia
O que os tais dizia na conversação

A vergonha é pra quem vai passando
Vê os dois se abraçando e até se beijando
De pé no portão

Mundo véio' tá bem diferente
Eu não sei se vem por geração
Nada mais é como antigamente
Que o povo era crente, tinha religião

As moças só querem namorar
Nem ao fórum e na igreja não vão
Ai, quando encontra com um tipo qualquer
As tais bate o pé pra escuridão

Mais tarde o castigo é forte
Na hora da morte reclamam da sorte
Ainda pede perdão

Mas porém não são todas iguais
Isto eu volto em contradição
Tem mocinha que sabe o que faz
Pra certos rapaz não dá proteção

As mocinhas de comportamento
Eu sustento que é de criação
Ai, as mocinhas que tiver juízo
Nem não é preciso tomar repreensão

Elas pensa ao menos um segundo
Na sorte do mundo,e os tal vagabundo
Não tem cavação



Credits
Writer(s): Osvaldo Franco, Joao Caboclo
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