O Louco
Ei, ei, ei, ah, ah
Ei, ei, ei, ah, ah
Da ra ra ra
Perfurou a alma e me perfuma
O fumo da planta dá lombra
Para além disso me cura
A cara dá tapa independente da altura
Aturar desgraça, pra ta na terra é a permuta
Torre despenca e blocos dançam e a multa
É se lançar para a queda, estatura balança
Mexer com a estrutura
Tudo em forma de dança, gravidade é a catapulta
Eu quero virar o vento, prefiro gozar com a chuva
Sol me abraça forte, farta eu vou pra luta
Toda puta, cada pauta, pontua a conduta
Medicar o espírito é o preço da consulta
A solitude me embala em desejo
A saudade de mim assusta
É voluntária astuta
Terceiro olho assiste
Intuição manda eu morder a fruta
O gosto é minha carne, cerne da árvore
A seiva bruta
Tô com dificuldade da idade
Em ser adulta
Adultério do caminho, sem querer é propósito
Deposito os meus valores, essa conta sim tá cheia
Eu sonho muito com baleias
Cantando o mundo
Eu tenho sim essa certeza, pertenço ao todo
Eu sou tão pouco de ser tão muito
São tantos planos, finitos anos
Passaram pano pra esse donos
Causaram danos, dores irreparáveis
Como parar de apontar os dedos para esses monstros
E somos loucos, mesa de magos
Imperatrizes que não se ve em baralho
A morte é linda e é só uma fase
Estrela guia, temperança, amorna os ares
Eremita pegou o carro e deu carona pros enamorados
Tô pendurada, perspectiva inata
Seguro a boca do leão como se fosse nada
Nadando nas profundezas e a lua é clara
A não ser quando ela é negra e tudo se renova
Ah ah ah
Uma, duas, três cartas
Ah ah ah
O corte não vem da adaga
Ah ah ah
A cobra beijou a calda
Ah ah ah
Sã sara
Raiz trançada pro centro do mundo
Em busca do sal que meu olho carrega
É o sal da terra, eu entre o céu e a guerra
Ouvidos que escutam o rumo
O ramo de arruda carrega
Eu mesma reguei o broto
Eu que vi crescer
Depois de parir tive que parar
A dor na lombar me lembra do peso dessa moral de Papa
Para pausar, parafrasear o puerpério de mim mesma
Com o sonho dessa estrada, destrava
Como? Se eu to com sono, cansada
Achando que faço nada
Como ninar um filho com a mente zero calma
Mil funções domésticas e ainda tem uma porrada
Vontade de dar descarga, limpa o chão e nunca acaba
Um anjo soprou um som lá do céu
Diabo encarnado levantou
Intuindo ética é ticket pro mundo
É timbre expansivo, retinto sagrado, repique, retoque
RE-espiro dobrado
Interno desconstrói pra essa roda girar
Fortuna, folia, folguinha segunda
Descontraindo a opressão que é ser mulher num mar
Entorpecido de jogo pra me prender em casa
Nas águas límpidas eu estou a nadar
Sereiando, serei a Toca da minha alma
Nas águas límpidas eu estou a nadar
Sereiando, sereia
Ah ah ah
Uma, duas, três cartas
Ah ah ah
O corte não vem da adaga
Ah ah ah
A cobra beijou a calda
Ah ah ah
Sã sara
Uma, uma, duas, três
(Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido)
(Despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas)
(Corri então sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando "ladrões! ladrões! malditos ladrões!")
(E quando cheguei à praça do mercado, um rapaz que estava de pé no telhado da casa gritou apontando-me com o dedo "é um louco!")
Ei, ei, ei, ah, ah
Da ra ra ra
Perfurou a alma e me perfuma
O fumo da planta dá lombra
Para além disso me cura
A cara dá tapa independente da altura
Aturar desgraça, pra ta na terra é a permuta
Torre despenca e blocos dançam e a multa
É se lançar para a queda, estatura balança
Mexer com a estrutura
Tudo em forma de dança, gravidade é a catapulta
Eu quero virar o vento, prefiro gozar com a chuva
Sol me abraça forte, farta eu vou pra luta
Toda puta, cada pauta, pontua a conduta
Medicar o espírito é o preço da consulta
A solitude me embala em desejo
A saudade de mim assusta
É voluntária astuta
Terceiro olho assiste
Intuição manda eu morder a fruta
O gosto é minha carne, cerne da árvore
A seiva bruta
Tô com dificuldade da idade
Em ser adulta
Adultério do caminho, sem querer é propósito
Deposito os meus valores, essa conta sim tá cheia
Eu sonho muito com baleias
Cantando o mundo
Eu tenho sim essa certeza, pertenço ao todo
Eu sou tão pouco de ser tão muito
São tantos planos, finitos anos
Passaram pano pra esse donos
Causaram danos, dores irreparáveis
Como parar de apontar os dedos para esses monstros
E somos loucos, mesa de magos
Imperatrizes que não se ve em baralho
A morte é linda e é só uma fase
Estrela guia, temperança, amorna os ares
Eremita pegou o carro e deu carona pros enamorados
Tô pendurada, perspectiva inata
Seguro a boca do leão como se fosse nada
Nadando nas profundezas e a lua é clara
A não ser quando ela é negra e tudo se renova
Ah ah ah
Uma, duas, três cartas
Ah ah ah
O corte não vem da adaga
Ah ah ah
A cobra beijou a calda
Ah ah ah
Sã sara
Raiz trançada pro centro do mundo
Em busca do sal que meu olho carrega
É o sal da terra, eu entre o céu e a guerra
Ouvidos que escutam o rumo
O ramo de arruda carrega
Eu mesma reguei o broto
Eu que vi crescer
Depois de parir tive que parar
A dor na lombar me lembra do peso dessa moral de Papa
Para pausar, parafrasear o puerpério de mim mesma
Com o sonho dessa estrada, destrava
Como? Se eu to com sono, cansada
Achando que faço nada
Como ninar um filho com a mente zero calma
Mil funções domésticas e ainda tem uma porrada
Vontade de dar descarga, limpa o chão e nunca acaba
Um anjo soprou um som lá do céu
Diabo encarnado levantou
Intuindo ética é ticket pro mundo
É timbre expansivo, retinto sagrado, repique, retoque
RE-espiro dobrado
Interno desconstrói pra essa roda girar
Fortuna, folia, folguinha segunda
Descontraindo a opressão que é ser mulher num mar
Entorpecido de jogo pra me prender em casa
Nas águas límpidas eu estou a nadar
Sereiando, serei a Toca da minha alma
Nas águas límpidas eu estou a nadar
Sereiando, sereia
Ah ah ah
Uma, duas, três cartas
Ah ah ah
O corte não vem da adaga
Ah ah ah
A cobra beijou a calda
Ah ah ah
Sã sara
Uma, uma, duas, três
(Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido)
(Despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas)
(Corri então sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando "ladrões! ladrões! malditos ladrões!")
(E quando cheguei à praça do mercado, um rapaz que estava de pé no telhado da casa gritou apontando-me com o dedo "é um louco!")
Credits
Writer(s): Georgia Brandao Carrera, Fernando Carvalho Dias De Oliveira
Lyrics powered by www.musixmatch.com
Link
© 2024 All rights reserved. Rockol.com S.r.l. Website image policy
Rockol
- Rockol only uses images and photos made available for promotional purposes (“for press use”) by record companies, artist managements and p.r. agencies.
- Said images are used to exert a right to report and a finality of the criticism, in a degraded mode compliant to copyright laws, and exclusively inclosed in our own informative content.
- Only non-exclusive images addressed to newspaper use and, in general, copyright-free are accepted.
- Live photos are published when licensed by photographers whose copyright is quoted.
- Rockol is available to pay the right holder a fair fee should a published image’s author be unknown at the time of publishing.
Feedback
Please immediately report the presence of images possibly not compliant with the above cases so as to quickly verify an improper use: where confirmed, we would immediately proceed to their removal.