Cachimbo da Paz 2
No país da hipocrisia onde ninguém se escuta
Na disputa por poder e pelos bens materiais
Uma vez um Cacique pegou uma sentença
Só porque fez a presença
Com o cachimbo da paz
Ele já morreu mas eu entendo de milagre
Fui atrás de um velho livro
Em um porão que ninguém abre
Nos arquivos de governo
Que escondiam a informação
Sobre um ritual secreto
De uma aldeia em extinção
O livro não era escrito em português
Mas guardado em suas páginas
A fórmula para ressurreição
Se a lei é contra a paz
Sou capaz de ir contra as leis
E voltei de lá com o livro na minha mão
A tv tem os jornais prometiam a recompensa
Pra quem encontrasse o Pensa
E desse a localização
Corri pro cemitério com ou sem objetivo
De ressuscitar o Cacique
Que mataram na prisão
Apaga a fumaça da pistola e do revólver
Chama o bom Cacique
Que o bom Cacique resolve
Todo mundo sabe bem o que ele já dizia
(Acende puxa prende e passa e sente a maresia)
Brisaaaa, eu vou na brisaaa (uuuh)
Brisaaaa, eu vou na brisaaa (uhhh)
Nas páginas sagradas
Não tinha frase Nem palavra
Quase nada
Só um enigma numa pintura indígena
Tem um Pajé que manja
Dessa sabedoria xamânica
Lá na Selva Amazônica
Mas não deu pra chamar
Pra decifrar o mistério do universo
Terra, Fogo, Agua e Ar
Eu chamei o Xamã que tem poder do verso
Aí cumpadi tá chegando o xamã nessa missão
Pra reduzir a passagem do busão
Toda vez meus parente
Segue sendo assassinado
Nós só queremos nosso território demarcado
Um Cacique chegou trazendo novidade
Mataram o Pataxó no ponto cego da cidade
Calibre 12 na cara do brasil
Idade 14, Pátria que me pariu
Mais um camelô sagaz do Rio de Janeiro
Carteira de trabalho, músico, olho vermelho
Respeita quem chegou primeiro amigo
Eu vim de Bangú
Quem vem de fora aqui é estrangeiro da Sul
Ouro com uma pele, arco e flecha
Meu flow que fere
Avisa a Megan que
Eu não sou Machine Gun Kelly
Sou Gabriel Pensqdor desde a sexta série
Eu quero o mundo
Mas as vezes o
Mundo não me quer
Apaga a fumaça da pistola e do revólver
Chama o bom Cacique
Que o bom Cacique resolve
Todo mundo sabe bem o que ele já dizia
(Acende puxa prende e passa e sente a maresia)
Brisaaaa, eu vou na brisaaa (uuuh uh)
Brisaaaa, eu vou na brisaaa (uhhh uh)
Quando voltou a vida e ouviu
Que sua aldeia tinha sido destruída
O Cacique ficou mal
Tinha muita gente fudida
Na cidade e no campo
Buscando uma saída pra escravidão mental
Pessoas se agredindo e se matando
Por preconceito de gênero, etnia e
Políticos que só davam risada
Era tanta ignorância
Tanta intolerância
E ele como: não tava entendendo nada
Encontrou uma mãe chorando pelo filho
Vítima da depressão
Overdoses de remédios controlados
Nessa sociedade ansiedade faz estrago
O remédio é natural (demorou ser liberado)
É que a venda dessa erva continua proibida
Mas as suas substâncias salvam vidas
Enquanto muitas outras são perdidas
Numa guerra sem sentido
Que só serve pra fazer geral
Querer virar bandido
Até o cacique quis pegar no fuzil
Quando viu que a flecha
Nem arranhava o caveirão
O tiroteio foi intenso e muita gente caiu
Quem não correu ficou sangrando no chão
Morreu polícia e bandido
Aposentado e estudante
Morreu criança de colo e até gestante
Naquele instante ele chorou e gritou
– Essa merda é atrasada demais, é revoltante
Saiu pra dar uma volta e acendeu um da paz
Pra meditar porque ninguém se revolta
E o playboy chegou metendo mãozão
Queria dar um tapinha
Mas levou logo um tapão
– Que isso? Cacique acende puxa prende e passa
– Tá bom mas esse tapa foi
Pra tu ficar esperto
Respeita quem chegou primeiro
E papo reto!
Devolve tudo pros nativo
Que isso aqui não deu certo
Apaga a fumaça da pistola e do revólver
Chama o bom Cacique
Que o bom Cacique resolve
Todo mundo sabe bem o que ele já dizia
(Acende puxa prende e passa e sente a maresia)
Brisaaaa, eu vou na brisaaa (uuuh uh)
Brisaaaa, eu vou na brisaaa (uhhh uh)
Apaga a fumaça da pistola e do revólver
Chama o bom Cacique
Que o bom Cacique resolve
(Erva no cachimbo cochilou cachimbo cai)
Chama no sinal de fumaça que a gente vai!
Na disputa por poder e pelos bens materiais
Uma vez um Cacique pegou uma sentença
Só porque fez a presença
Com o cachimbo da paz
Ele já morreu mas eu entendo de milagre
Fui atrás de um velho livro
Em um porão que ninguém abre
Nos arquivos de governo
Que escondiam a informação
Sobre um ritual secreto
De uma aldeia em extinção
O livro não era escrito em português
Mas guardado em suas páginas
A fórmula para ressurreição
Se a lei é contra a paz
Sou capaz de ir contra as leis
E voltei de lá com o livro na minha mão
A tv tem os jornais prometiam a recompensa
Pra quem encontrasse o Pensa
E desse a localização
Corri pro cemitério com ou sem objetivo
De ressuscitar o Cacique
Que mataram na prisão
Apaga a fumaça da pistola e do revólver
Chama o bom Cacique
Que o bom Cacique resolve
Todo mundo sabe bem o que ele já dizia
(Acende puxa prende e passa e sente a maresia)
Brisaaaa, eu vou na brisaaa (uuuh)
Brisaaaa, eu vou na brisaaa (uhhh)
Nas páginas sagradas
Não tinha frase Nem palavra
Quase nada
Só um enigma numa pintura indígena
Tem um Pajé que manja
Dessa sabedoria xamânica
Lá na Selva Amazônica
Mas não deu pra chamar
Pra decifrar o mistério do universo
Terra, Fogo, Agua e Ar
Eu chamei o Xamã que tem poder do verso
Aí cumpadi tá chegando o xamã nessa missão
Pra reduzir a passagem do busão
Toda vez meus parente
Segue sendo assassinado
Nós só queremos nosso território demarcado
Um Cacique chegou trazendo novidade
Mataram o Pataxó no ponto cego da cidade
Calibre 12 na cara do brasil
Idade 14, Pátria que me pariu
Mais um camelô sagaz do Rio de Janeiro
Carteira de trabalho, músico, olho vermelho
Respeita quem chegou primeiro amigo
Eu vim de Bangú
Quem vem de fora aqui é estrangeiro da Sul
Ouro com uma pele, arco e flecha
Meu flow que fere
Avisa a Megan que
Eu não sou Machine Gun Kelly
Sou Gabriel Pensqdor desde a sexta série
Eu quero o mundo
Mas as vezes o
Mundo não me quer
Apaga a fumaça da pistola e do revólver
Chama o bom Cacique
Que o bom Cacique resolve
Todo mundo sabe bem o que ele já dizia
(Acende puxa prende e passa e sente a maresia)
Brisaaaa, eu vou na brisaaa (uuuh uh)
Brisaaaa, eu vou na brisaaa (uhhh uh)
Quando voltou a vida e ouviu
Que sua aldeia tinha sido destruída
O Cacique ficou mal
Tinha muita gente fudida
Na cidade e no campo
Buscando uma saída pra escravidão mental
Pessoas se agredindo e se matando
Por preconceito de gênero, etnia e
Políticos que só davam risada
Era tanta ignorância
Tanta intolerância
E ele como: não tava entendendo nada
Encontrou uma mãe chorando pelo filho
Vítima da depressão
Overdoses de remédios controlados
Nessa sociedade ansiedade faz estrago
O remédio é natural (demorou ser liberado)
É que a venda dessa erva continua proibida
Mas as suas substâncias salvam vidas
Enquanto muitas outras são perdidas
Numa guerra sem sentido
Que só serve pra fazer geral
Querer virar bandido
Até o cacique quis pegar no fuzil
Quando viu que a flecha
Nem arranhava o caveirão
O tiroteio foi intenso e muita gente caiu
Quem não correu ficou sangrando no chão
Morreu polícia e bandido
Aposentado e estudante
Morreu criança de colo e até gestante
Naquele instante ele chorou e gritou
– Essa merda é atrasada demais, é revoltante
Saiu pra dar uma volta e acendeu um da paz
Pra meditar porque ninguém se revolta
E o playboy chegou metendo mãozão
Queria dar um tapinha
Mas levou logo um tapão
– Que isso? Cacique acende puxa prende e passa
– Tá bom mas esse tapa foi
Pra tu ficar esperto
Respeita quem chegou primeiro
E papo reto!
Devolve tudo pros nativo
Que isso aqui não deu certo
Apaga a fumaça da pistola e do revólver
Chama o bom Cacique
Que o bom Cacique resolve
Todo mundo sabe bem o que ele já dizia
(Acende puxa prende e passa e sente a maresia)
Brisaaaa, eu vou na brisaaa (uuuh uh)
Brisaaaa, eu vou na brisaaa (uhhh uh)
Apaga a fumaça da pistola e do revólver
Chama o bom Cacique
Que o bom Cacique resolve
(Erva no cachimbo cochilou cachimbo cai)
Chama no sinal de fumaça que a gente vai!
Credits
Writer(s): Marcelo Mansur, Daryl F. Hall, Gabriel Contino, Luiz Mauricio Pragana Dos Santos
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