Tem Dendê/ Figa de Guiné (Ao Vivo)

Tem dendê, tem dendê
Tem dendê, tem dendê

No feitiço e na poesia da Bahia, tem dendê
Na Maria de São Pedro tem segredo, tem dendê
Entretanto, ela é o resumo desse sumo, desse molho
Que até num piscar de olho é capaz de endoidecer

Tem dendê, tem dendê
No jeitinho dela, na cor de canela tem dendê
Tem dendê (tem dendê), tem dendê (dendê)
No jeitinho dela, na cor de canela tem dendê

No vapor de cachoeira e na ribeira, tem dendê
Nas cantigas do baiano, Caetano, tem dendê
Entretanto, o que eu queria da Bahia, era só ela
Com ela, num barco à vela, sem ela, no mar, morrer

Tem dendê, tem dendê
No jeitinho dela, na cor de canela tem dendê
Tem dendê, tem dendê
No jeitinho dela, na cor de canela

A-a-axé
Quem me vinga da mandinga, é a figa de Guiné
A-a-axé
Mas o de fé do meu axé, não vou dizer quem é

Sou da fé, cabeça feita (axê, axé)
No peji do candomblé (axê, axé)
Tenho o meu corpo fechado (axê, axé)
Da cabeça até o pé

Quem me vinga da mandinga, é a figa de Guiné
Mas o de fé do meu axé, não vou dizer quem é
Quem me vinga da mandinga, é a figa de Guiné
Mas o de fé do meu axé, não vou dizer quem é

Onda forte, não derruba (axê, axé)
Nem machuca quem tem fé (axê, axé)
Quem não pode com a mandinga (axê, axé)
Não batuca o panijé

Quem me vinga da mandinga, é a figa de Guiné
Mas o de fé do meu axé, não vou dizer quem é
Quem me vinga da mandinga, é a figa de Guiné
Mas o de fé do meu axé, não vou dizer quem é

Da Bahia me mandaram (axê, axé)
Minha figa é de Guiné (axê, axé)
Com as bênção de Caymmi (axê, axé)
Jorge Amado e Caribé

A-a-axé
Quem me vinga da mandinga, é a figa de Guiné
A-a-axé
Mas o de fé do meu axé, não vou dizer quem é

A-a-axé
A-a-axé
A-a-axé
A-a-axé