O Parque Chora 2
E outra vez o parque chora
E chora lágrimas de sangue por quem foi embora
Sem intenção de volta
Descanse em paz, menor se foi, cadê você?
Nem deu pra sumariar o que lucrou dos plaquê
Eu vi o sonho de um menino no carro apagado
Sentado, com as de trezentas no corpo alojado
Cursou no CENSE de Campo Mourão, Umuarama
Santa Terezinha aos poucos no crime se graduava
Saiu moleque, virou homem e não voltou pra casa
Porque o pai falou que era bem vindo sem Glock, sem Arma
Teve de tudo pra crescer sem revolver
Mas tá no sangue
Nem o calor da adoção não evitou sua morte
Você foi bandido, você caçou o inimigo
Não precisou de casinha, achou na reta e deu tiro
Queria o pescoço do repórter entre minhas duas mãos
Estrangulardes da notícia que entristece na televisão
Hoje não tem mais foto no Instagram
Não tem rolê de Golf, Falcom e nem de Titan
Você foi o décimo sexto assassinato de 2014
Mas lembrado pelos meninos no parque até hoje
Você preferiu ser a notícia de destaque
Ser a foto do cadáver que circulava no WhatsApp
Seu caixão foi normal, não teve dinheiro e nem droga
Acabou no óbito, ficou na cinta a pistola
Sem rancor, hoje a raiva maior é de você
Que dispensou conselhos de parentes e amigos pra ser
Psicopata, monstrão e bandido de renome
No bolso um plaquê de dólar e bater no peito que é homem
Hoje não tem mais chances de procurar um trampo
Não vai postar no Face o rolê que você curtiu com os manos
Só sobrou a tristeza pros meninos bons
E um rap triste cantando as lágrimas do Parque São João
E hoje só por fotos te vejo, meus olhos choram
Me vejo triste entre pensamentos que não voltam
Lembrei de nós no rolê na vila, num corre, na quina
Ou de bicicleta, amanhã um trono de cocaína
E sem saber que tudo isso era pouco
E que as peças que almejou, um dia rasgariam seu corpo
E como sempre o crime oferece
Droga, arma e dinheiro pros nossos moleques
Condição pra poder chegar bonitão
As vezes não é lucro, é amor pelos bangues, disposição
Pra que lutar a vida inteira? Até entendo
Se vem fácil e a felicidade é questão de momento
E você foi personagem de um curta-metragem
Que encerrou sua carreira aos dezessete anos de idade
Deixando a tristeza pros meninos bons
E um rap triste cantando as lágrimas do Parque São João
E chora lágrimas de sangue por quem foi embora
Sem intenção de volta
Descanse em paz, menor se foi, cadê você?
Nem deu pra sumariar o que lucrou dos plaquê
Eu vi o sonho de um menino no carro apagado
Sentado, com as de trezentas no corpo alojado
Cursou no CENSE de Campo Mourão, Umuarama
Santa Terezinha aos poucos no crime se graduava
Saiu moleque, virou homem e não voltou pra casa
Porque o pai falou que era bem vindo sem Glock, sem Arma
Teve de tudo pra crescer sem revolver
Mas tá no sangue
Nem o calor da adoção não evitou sua morte
Você foi bandido, você caçou o inimigo
Não precisou de casinha, achou na reta e deu tiro
Queria o pescoço do repórter entre minhas duas mãos
Estrangulardes da notícia que entristece na televisão
Hoje não tem mais foto no Instagram
Não tem rolê de Golf, Falcom e nem de Titan
Você foi o décimo sexto assassinato de 2014
Mas lembrado pelos meninos no parque até hoje
Você preferiu ser a notícia de destaque
Ser a foto do cadáver que circulava no WhatsApp
Seu caixão foi normal, não teve dinheiro e nem droga
Acabou no óbito, ficou na cinta a pistola
Sem rancor, hoje a raiva maior é de você
Que dispensou conselhos de parentes e amigos pra ser
Psicopata, monstrão e bandido de renome
No bolso um plaquê de dólar e bater no peito que é homem
Hoje não tem mais chances de procurar um trampo
Não vai postar no Face o rolê que você curtiu com os manos
Só sobrou a tristeza pros meninos bons
E um rap triste cantando as lágrimas do Parque São João
E hoje só por fotos te vejo, meus olhos choram
Me vejo triste entre pensamentos que não voltam
Lembrei de nós no rolê na vila, num corre, na quina
Ou de bicicleta, amanhã um trono de cocaína
E sem saber que tudo isso era pouco
E que as peças que almejou, um dia rasgariam seu corpo
E como sempre o crime oferece
Droga, arma e dinheiro pros nossos moleques
Condição pra poder chegar bonitão
As vezes não é lucro, é amor pelos bangues, disposição
Pra que lutar a vida inteira? Até entendo
Se vem fácil e a felicidade é questão de momento
E você foi personagem de um curta-metragem
Que encerrou sua carreira aos dezessete anos de idade
Deixando a tristeza pros meninos bons
E um rap triste cantando as lágrimas do Parque São João
Credits
Writer(s): Atitude Consciente, Godines
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