Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento, de desencanto
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto

Meu verso é sangue, volúpia ardente
Tristeza esparsa, remorso vão
Dói-me nas veias, amargo e quente
Oh, gota a gota do coração

E nesses versos de angústia rouca
Assim, dos lábios, a vida corre
Deixando um acre sabor na boca
Eu faço versos como quem morre

Meu verso é sangue, volúpia ardente
Tristeza esparsa, remorso vão
Dói-me nas veias, amargo e quente
Oh, gota a gota do coração



Credits
Writer(s): Davi Leão, Gabriel Colen, Manuel Bandeira, Pedrinho Ferreira, Rafael Baino
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