Poesia Alcoólatra

Não me contento nesse mundo
Vivendo ilusão da realidade eu fujo
Bagunço as palavras e não me escuto
Mas escuto insultos discursos me torturo
Muitos jogaram só pelo tema
Antes mesmo de ouvir o poema

O motivo e a razão que busquei no desfecho
Qual o motivo que bebi já nem lembro
Mas lembro da dor no chão, me arrebento
E a ilusão da satisfação naquele momento
Me arrependo não sei será que eu gosto disso?
Como sair do ciclo andando em círculo?
Lembrei dos conselhos do Kamau
Viajei numas palavras do Pecaos
Eu gosto dela e não gosto de mim
Ela não gosta também pelas coisas que eu fiz
Minha mãe minha mulher como estão?
Devem me odiar por eu estar em desconstrução
Me embebedo com veneno como se fosse uma cura
Nos olhos desses vultos que me assusta
Me enxergo sem valor em minha vida
Estou valendo menos que uma latinha
Mas não sou descartável, mas lixado
Mas também eu possa ser muito chato
Desse Refúgio não sei se eu fico ou corro
Não sei se da vida ou se me deixa morto
Conflito, um despojado do Amor
Capa suja de primeira não importa o que eu sou