Porões

Ainda acontece aqui, correntes que chegam a ferir
Ontem no laço do algoz, escondida na sociedade feroz
Cada gota de suor que engordam os barões
Em cada vida perdida nesses porões

Ninguém vai ver o meu sofrer
Vou rezar pra Iemanjá, ela pode me escutar
Mas daqui só vejo grilhões
E cada vida perdida nesses porões

Cada vida perdida

A cor da minha pele, não é o que difere
Mas o seu olhar já vem me condenar
No couro da chibata, que maltrata e mata
Tentam sufocar as minhas tradições
Sigo sufocado, preso, acorrentado
Tentam transformar meu sangue em milhões
E só vejo camburões
E muitas vidas perdidas nesses porões

Muitas vidas perdidas

Muitas vidas perdidas nesses porões

Muitas vidas perdidas
Até quando?



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