Internúncio

O mau que eu faço se faço não queria fazer
E o pecado que causo mais perto de morrer
Afinal é ou não é esse o meu salário
Aqui se faz aqui se paga esse não é o ditado?
Posso cair um dois até mais que três
Mas me levanto porque o trampo não espera minha vez
Quem me chamou me escalou Ele só disse vem
"cê" tá comigo e comigo quem que pode, quem?
Foi esse louco que O sábio um dia levantou
Um dos 300 "brô" vai vendo Ele que separou
Não de Esparta tio esperto os de Gideão
Sim dos que bebem da água com espada na mão
"Jão" vem comigo não se "cê" não tiver culhão
A pegada é outra o papo vai além tio do cifrão
Arma na mão mais além no coração
Não me escondo atrás da Bíblia aqui é homem irmão
Confunde não presta atenção chega junto meu irmão
Portador das boas novas eu te trago a visão
Não esperem de mim o que esperavam do meu Cristo
A liberdade que eu te trago não é de Roma filho
Não vim falar do messias que tá todo zoado
Nem do Robin Hood que é covarde e rouba dos dois lados
Eu sou preto eu sou branco rico e favelado
Não vejo cor não vejo classe é alma ta ligado
Olha pra mim o que "cê" vê é só mais um peão
No tabuleiro por você sou desprezado então
Só não esquece que o peão vem pronto pro combate
"cê" vacilou é um abraço mano cheque mate

Se liga na fita passando a visão
Não se intimida levanta do chão
Se tá afundando te pega na mão
Nunca sozinho meu Cristo é vivo te livra do risco e te faz campeão
Não, não abaixa a cabeça parceiro
"cê" não é o ultimo e nem o primeiro
Que fraquejou e mesmo no erro
A história mudou mesmo sendo imperfeito
Tentaram, tentaram e falharam
Mesmo assim eles são lembrados
O pouco que eles fizeram só lá na cruz deu resultado
Foi consumado aquele ato
Na cruz seu sangue marcado
Pra todos que viam passavam zombando
Inocente naquele momento humilhado
Mas nunca meu mano notaram
A mensagem o recado passado
O livre acesso quer vir após mim
Então vem e só abre os braços

Vem como tá me aceite
Que hoje eu posso mudar transformar sua vida
Da água pro vinho é o que eu faço transformo
O nada em pura alegria
Da noite pro dia o que era nada e não existia
Sem forma vazia
Tudo em seis dias o sopro da vida
E do meu poder "cê" ainda dúvida?

"Cê" não acredita?
Mas isso não minimiza
O fato de eu te amar e de graça te dar o dom da vida
"Cê" pode até perguntar
Se é de graça então "vamo" lá
Se não devolvo o dele eu roubo então como é que "nóis" vai ficar?
Não se trata dos dez o que Ele quer é muito mais
Devolva pra ele aquilo que o ouro não compra
O homem não rouba rapaz
Cabelo na régua
Marca de grife
O mano só anda nos pano
Cheio das nota
O verde estralando
E as mina do lado brisando
Mas que bela aparência "cê" tá ostentando meu aliado
Tem se preocupado em manter a fachada um brinco mano ta ligado
Mas não pega nada "cê" tá me lembrando uma fita ó que loco
Bonito por fora
Zoado por dentro
Sepulcro onde você já tá morto