Cadê o Sol?

Anseio abandonado
Vidrada no passado
Perdida em memórias do que não foi vivenciado
Serei revisitada?
Talvez depreciada
A cara do tormento, se for relembrada
Recordo o terno, o ameno
Brisas purificadas
Talvez não apuradas, mas certamente areadas
Hoje, almejo a fuga da tempestade
E a troca de calafrios pela cordialidade
Pois sei que já banhei nos encantos absurdos
Rasos contos profundos pra quem pretende subir montes
Estonteantes, essas perspectivas
Mas introspectivas não revitalizarão
Só vos apaziguarão por breves instantes
Enquanto tumbas acordarão tombos retumbantes

Como faz pra sobreviver?
Sob a terra, sem luz, sem ar
Como faz pra sobrevoar?
Sem se perder, sem se queimar

A hemorragia arruína prósperas
Drena e murcha as belas pétalas
E, mesmo ao secar, elas choverão em vão
A cada minuto perco semanas inteiras
Distanciada, no escuro
Sobrevivendo de beiras
Sobrevivendo, de luto pela perda do extasiante momento
Que vivi ante à inocência, de tom infante
Mas hoje nada restou, pois nada é só o que dura
Eu que fui burra em achar normal essa fartura

Como faz pra sobreviver?
Sob a terra, sem luz, sem ar
Como faz pra sobrevoar?
Sem se perder, sem se queimar

E eu vivo buscando sair da caverna
Até que se esvai o sol

Sol!
Cadê o Sol?
Cadê o Sol?
Quando anoitece
Pra onde vai o Sol?

Como faz pra sobreviver?
Sob a terra, sem luz, sem ar
Como faz pra sobrevoar?
Sem se perder, sem se queimar



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