Seu José

Seu José é uma cena
No deserto ele planta o que der pra nascer
E até, recita um poema de Iracema uma linda mulher

Ela diz 'meu homem, não me abandone
Você sempre some quando o sol se esconde'
Seu José, só fala uma vez
Um cabra da peste que sabe o que quer

A noite em que ele quis sair
Com a arma no coldre e a prata nos dentes
Pra luz refletir, sua raiva sumir
O brilho nos olhos, brilhante o sorriso
A noite caiu e eu joguei suas armas no rio
A noite caiu, outra vez sinto um alívio

Seu José passou a nadar
Contra correnteza, bendito seja
São pratas e ouros que Seu José
Passou a vida buscando recheios
Pros bolsos alheios, sem saber
Seu José se enfureceu

Assim que ele virou andarilho
Sem prata o tesouro é quem tem amigos
A luz é uma lenda, dispensa sentença
Disfarça o medo e por isso eu vejo
A noite cair e surgir o joio no trigo
As pratas na luz, à noite, são só alumínio

Cansado de ser jogado pra trás
Seu José
Só quer sombra e paz

Eu quis sair
Com a arma no coldre a prata nos dentes
A luz refletiu, minha raiva sumiu
O brilho nos olhos brilhou meu sorriso
A noite caiu, eu tirei o joio do trigo
As pratas na luz, à noite, são só alumínio
A noite caiu, outra vez sinto um alívio



Credits
Writer(s): André Valente
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