Resplandecente

Se eu pudesse desejar
Eu taria num lugar resplandecente
Onde os tumultos seriam tão pequenos
Que mal dava pra incomodar a gente

E se eu pudesse viajar
Iria direto pra minha infância
Onde as agruras imaturas
Eram relevadas com a circunstância

Porque pra onde as borboletas vão
Quando a chuva penetra?
E pra onde posso me esconder
Quando a névoa me cerca?
Sou tão jovem pra padecer
Mas tão velha pra me privar
Por favor, me diga, eu tenho importância?

A pressão do inexistente
Aqui, toma conta de tudo que é
Onde os mais fracos são postergados
No meio da velha e vasta maré

O acusa-aponta do dia
Mal me dá força pra reerguer
Mas quando eu avanço um pouquinho
Vejo que há tanto pra não perder

Mas pra onde as borboletas vão
Quando a chuva penetra?
E pra onde posso me esconder
Quando a névoa me cerca?
Sou tão jovem pra padecer
Mas tão velha pra me privar
Por favor, me diga, eu tenho importância?

Eu sempre fui aquele ser
Que buscava proteger o que ele amava
Mas agora me vejo vasta
Sem saber pra onde ou quando eu fui largada
E toda vez que procuro alguém
Me vejo sentada no meio do caminho
Porque eu tamborilo os dedos sobre a chance
Na chance dela vir para mim
Onde foi parar o tempo em que o que eu
Ouvia era filtrado antes de me atingir?

Pra onde as borboletas vão
Quando a chuva penetra?
Pra onde posso me esconder
Quando a névoa me cerca?
Sou tão jovem pra padecer
Mas tão velha pra me privar
Por favor, me diga, eu tenho importância?
Por favor, me diga, eu tenho importância?

Se eu pudesse desejar
Eu taria num lugar resplandecente



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