Não Vás

Nunca soube ser para ti
Tudo o que vias em mim
Tentei-te encontrar
Mas nunca fui bom

A ver o melhor de mim
Falta-me o que quis em ti
Mas sempre duvidei

Se irias encher este poço
Dessa fonte de tão puro amor
Mas no fim era eu sempre o monstro
Que não soube sequer dar valor, por isso

Sei que estás sozinha, sem rumo, perdida
À procura de uma rua que tenha saída
Deste bairro de dor, deste mundo sem cor, por isso
Diz que fui um erro, a mágoa de uma vida
Não sou mais para ti que uma pedra no caminho
E ainda assim
Tu olhas para mim e pedes

Oh-oh! Oh-oh! Oh-oh, não vás embora!

Sempre foi melhor fugir
Que tentar mudar, enfim
Custa imaginar
Mas nunca fui bom

A querer o melhor para mim
Falta sempre mais, não quis
Mas acreditei

Que irias ser tu a mudança
Mas ainda estou a vaguear
Afinal vivo dentro do monstro
Que, no fundo, só te queria usar

Sei que estás sozinha, sem rumo, perdida
À procura de uma rua que tenha saída
Deste bairro de dor, deste mundo sem cor, por isso
Diz que fui um erro, a mágoa de uma vida
Não sou mais para ti que uma pedra no caminho
E ainda assim
Tu olhas para mim e pedes

Oh-oh! Oh-oh! Oh-oh, não vás embora!
Não vás embora!
Não vás embora!
Não vás embora!