Donana

Quando eu fui cortar cana caiana, Don'Ana
Vi um bicho fazendo a campana pra me tocaiar
Parecia uma sussuarana, Don'Ana
E batendo a pestana, a bichana veio pra me pegar

Lá na venta da onça caetana, Don'Ana
Vi um olho de cobra cainana me hipnotizar
Me queimando que nem taturana, Don'Ana
Sua língua de iguana quase me esgana ao me abocanhar

Ê, iá
Ê, iá

Valha-me, Deus, xô, coisa ruim!
Mana, eu pensei que era o fim
O bicho me mordeu
Que será de mim?

Valha-me, Deus, xô, coisa ruim!
Mana, eu pensei que era o fim
O bicho me mordeu
Que será de mim?

Não consigo sair da cabana, Don'Ana
Amarrado ao cipó de liana desse seu olhar
E esse cheiro de cio que emana, Don'Ana
É mais gente que bicho que me atazana e empesteia o ar

Ela me tem, ela é soberana
Ela me quer com paixão tirana
Ela é pagã, infiel, profana
É canibal, come carne humana
Mana, ela ainda vai me matar

Eu só quero acabar com essa inana, Don'Ana
Mana, pede à senhora Sant'Ana pra vir me salvar
Se ela continuar com essa gana, Don'Ana
O meu corpo se dana antes da bichana se saciar



Credits
Writer(s): Paulo Cesar Francisco Pinheiro, Breno Ruiz Perez De Almeida Cimatti
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