Veneno

Na porta da minha ferida
Entrou veneno do teu corpo
Tuas verdades e agonias
Me transformaram nesse louco
Que apostou num grande amor
E comprou tuas palavras
Que sumiram pelo mundo
Mas no meu mundo ainda falas

Sozinho, eu vejo a imensidão do céu
Parado, na lembrança de um abraço
Marcado pelas névoas do passado
Calado no silêncio mais deserto

... e, assim, fui te seguindo na cabeça
Mapeando o teu corpo na lembrança
Que traz o teu perfume, meu alento
Envenenado pelo amor que dança

Não te impressiones com as marcas
Nem me demonstres compaixão
O que te sobra não faz falta
Não tenho o tipo de canção
Que te leva a sussurrar
Nos ouvidos que não queres
Quando me buscas noutros braços
Que finges ser a minha pele

Sozinho, eu vejo a imensidão do céu
E jogo fora os ecos do passado
E paro, e vivo, e lembro aquele abraço
E calo com o distante beijo incerto

... e, assim, me esvaziei do nosso tempo
Que exigia um pouco mais de coração
Não posso te seguir
Até o inferno
Envenenado pelo amor que dança
Que dança



Credits
Writer(s): Abson Sany Valentim
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