Lenços Pretos

Gelo o sol e queimo a lua
Nasço a oeste p'ra ser tua
Espero à beira do mar
Poder ver o teu olhar
Ouço vozes de sereia
Enquanto espero na areia
Que me venhas resgatar

Sonho as noites inteiras
Com o choro de carpideiras
Lenços pretos na cabeça
Num luto que não interessa
Partiste só dos meus braços
Só eu perdi os abraços
Mas o mundo ainda te tem
O meu barco é que não vem

Visito as tuas memórias
Mergulho nas nossas histórias
Levo flores do jardim
Ao local do nosso fim
Fecho a porta à emoção
Gelo o meu coração
Rezo para não ter receio
Aos santos em que não creio

No meu peito, o vazio
Chorado dias a fio
Até o cansaço vencer
E a imagem se perder
Hoje não sei o que é
Mas mergulho fora de pé
Já não espero junto ao mar
Já consigo navegar

Às vezes, o Homem prefere
O sofrimento à paixão
Corremos atrás do que fere
Alimentamos desilusão
Às vezes, o Homem prefere
O sofrimento à paixão
Corremos atrás do que fere
Alimentamos desilusão
Às vezes, o Homem prefere
O sofrimento à paixão
Corremos atrás do que fere
Alimentamos desilusão



Credits
Writer(s): Pedro Maia Lopes, Pedro Maia Varela Teixeira Lopes, Tatiana Avelino Dos Santos, Tatiana Santos
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link