Real Apogeu

Travesseiros molham entre soluços que intertecalam
Ninguém cala choro com um gesto de abraço
Sem muitas perguntas, lágrimas e feição falam
Gritam de saudade por não tá mais nos teus braços
Eu posso não pirar, isso é alívio
Espairecer, não consigo
Tudo é tão são contigo
Astros gritam ódio a virgo
Nisso somos um cadinho parecidos
Nisso fomos
Dois corpos de luzes, num encontro enigmático
Tanta sintonia que parece até mentira
Se ouvisse falar, diria que não acreditava
Bom mesmo é viver, e não é sobre, quem diria
Olho no meu olho, frente ao espelho, quanto tempo
Ganho me olhando e ao teu lado o meu corpo
Né sobre romance, ou paixãozinha de momento
É sobre sentir e permitir sentir o outro
Quem disse
Que amor é tempo, é bem mais sobre construção
Projeção de heras frente a numerologia
Fosse coisa fácil, tava tudo desvendado
Divindades múltiplas abraçam essa magia
Se amar é tempo, vingaria a solidão
As explicações teriam créditos do acaso
Pareço poeta de bar bebado, mas não
Bebo quando triste, prefiro evitar estrago
Trago no meu corpo o que nao consigo fumar
Embriago no trincar de taças sob a lua
Garrafas antigas fazem o melhor decorar
Tipo mãos entrelaçadas com aneis na sua
Meu passado falho não se permitia chorar
Tava me aturando, sendo ator e tava a toa
Há pessoas que nos mudam sem se esforçar
Companhia casa até na rua se faz boa
Companhia casa até na rua se faz boa



Credits
Writer(s): João Victor Barbosa De Macedo
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