Votos

Aqui me posto ante teu berço
De homem-lótus, recém-desperto
Faço o meus votos por teu destino
Vôo de águia a céu aberto

Que haja saga, que vibre o sangue
E que teus sonhos apenas somem
Não aos prazeres que o homem prova
Mas às virtudes que provam o homem

Que a vida vaga, vã, inerte
Em puro ardor seja convertida
Por tudo o que a vida verte
E não àquilo que inverte a vida
Vida

Que pises forte, que tenhas fibra
E que os teus frutos sejam entregues
Jamais às sombras que cegam a alma
Mas sempre às luzes que a alma segue

Faz a oferta de teu esforço
Toda a vitória e a vida em si
Pois toda a obra que de ti nasce
É dos que nascem através de ti

Se o tempo esgota e pouco te sobra
E, por apego, temas e resistas
Liberta a obra, qual nobre artista
Vê que és o artista e a própria obra

Faz a oferta de teu esforço
Toda a vitória e a vida em si
Pois toda a obra que de ti nasce
É dos que nascem através de ti

Se o tempo esgota e pouco te sobra
E, por apego, temas e resistas
Liberta a obra, qual nobre artista
Vê que és o artista e a própria obra



Credits
Writer(s): Flávia Wenceslau, Keco Brandão, Lúcia Helena Galvão
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