Ameaça

A ameaça nunca se mostrou de fato
Mas 'tava lá na atmosfera
Presente, perene
Presente, perene

Algo sobre o cintilar dessas estrelas
Tão distante e silencioso
Provavelmente estão mortas
Estou encarando o passado

A ameaça nunca se mostrou de fato
Mas se podia senti-la
Todo santo dia

Se aproximando como um predador
Só se ouvia o estalar dos galhos

Oh, meu bem, quando você perceber
Será tarde demais

Me identifico mais com todas as estrelas
Que há muito, muito tempo já não brilham
Mas daqui de longe alguns poucos apreciam
O que um dia elas já foram

E é um sonho tudo muito, muito etéreo
Uma mulher me encara desconfortavelmente
Creio que uma vez essa mulher me tenha pedido um cigarro
Então se foi, se embrenhou na multidão e eu nunca mais a vi

E é incrível como a todo instante
Tem algo tão hostil se aproximando
Como um galope tímido, gasoso
Ecoando num espaço tão vazio

Mas é palpável e eu sinto quando inspiro
E deixa um gosto na boca como ferro
Contrariando meu fulcro insípido

Oh, meu bem, quando você perceber
Será tarde demais

E eu sou largado assim
Sem um motivo
Sem explicação
Sem aviso prévio
Só com uma voz
Uma feição
Um olhar
Tudo solto
Como
Um
Rosto
De-
Sas-
So-
Ci-
A-
Do

Me gritando com um tom desesperado
Cuidado
Cuidado
Cuidado
Cuidado!

A ameaça nunca se mostrou de fato
Mas 'tava lá
Sempre lá
Sempre lá



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