Existe Sempre um Outro Jeito

Temos pressa e vamos no compasso
Não tem essa de conversa o dom não é escasso
Passo a passo assino embaixo
Quem atravessa vem de testa que eu tô pronto pro colapso

Não arruma nada quem vem de judas ou de emboscada
Vamos plantando as mudas na quebrada
De informação a canção no instrumento a levada
Não queremos as cabeças surdas escuras e sujas manipuladas

Nem as bocas mudas de tanta fome sem nada
Na pança a lança enfinca quando ataca
Acaba com você a fome tem poder
Aqui a rima também tem não é fogo de palha
Do interior de sampa pra Mariscal quem estraçalha
Poesia e harmonia alguém detalha a batalha
Profecia periferia aqui também morre quem falha

Não queremos muito o intuito é a ascensão do pobre
O povo sofre é forte e a sorte nem sempre corre
Com quem cedo madruga trabalha e estuda
E a todos os irmãos ajuda
Cicatrizes e rugas

Todos temos de tanto cair e chorar
Vamos limpar as lágrimas, rir e levantar
Temos guerra, temos rusga o sistema nos suga
Vamos enfrentar não é só com música

Existe sempre um outro jeito de se poder chegar
Existe sempre um jeito de se achegar com Jhá
Existe sempre um outro jeito Sangue bão
Existe sempre um outro jeito não é não Chorão

O roteiro eu trago sem cortes e por inteiro
Na visão da facção do mundo esquecido
Os ricos na ilusão entretidos produzindo
A maioria do lixo e dos gases poluídos
E o humilde sem pão oprimido
Na África os desfalecidos
Doenças macabras, desfavorecidos na Ásia dê uma olhada
América Latina, Haiti, Guatemala, Cuba, El Salvador, Nicarágua
Desnutrição têm quem não têm um grão
Nem de arroz, nem de farinha, nem de feijão
Para escapar da morte por inanição somos miras de canhão é caixão
Aqui e lá
Fome, faca, mão e dolar, bala para matar, nas covas trabalha a pá
E o HIV de sobra é a obra dos cientistas cobras
Fissuraram o átomo e inventaram armas fodas
Tipo químicas nucleares e biológicas
E nos assola a prova
Com êxtase, heroína e derivados da coca é cola, ebola
A tua doença no alto da moda. Tua vida ou a minha importa? Uma ova!
Eu falo eu não me calo o povo escravisado
A massa incrustada nas garras e amarras
De barras com grades de ferro
Vamos quebrar o elo
Você quer eu também quero ver acabar este inferno, é forte o berro

Bilhões de barrigas a roncar, nossos irmãos nós mesmos a nos trucidar
E nossas mães a chorar de gritar, soluçar e espernear

Existe sempre um outro jeito de se achegar com Jhá
Existe sempre um outro jeito de se poder cantar
Existe sempre um outro jeito Sangue Bão
Existe sempre um outro jeito não é não Chorão

Existe sempre um outro jeito de se poder chegar
Existe sempre um outro jeito de cantar
Existe sempre um outro jeito Sangue Bão
Existe sempre um outro jeito



Credits
Writer(s): Ulysses Gilberto De Oliveira
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