Córgo do Meio
Era uma terra de boa medida
Uma rocinha cultivava o que era trivial
E na baixada, um brejo de lagoa
Depois dele, um veio d'água e pinguela de pau
Desembocava no córgo do meio
Eu tinha medo de receio daquele lugar
Se enveredava na sombra escura da mata
Nem por reza nem pirraça eu tentava lhe acompanhar
O medo brota na mente da gente
"Oxente, que menino bobo", cê pode pensar
De dia, até que eu achava bonito
Mas té hoje inda evito de passar por lá, pois
Meu amigo, à noite é diferente
À noite é quando a gente sente o peito arritimar
Ali no encontro do córgo com o veio d'água
Em noite de quarto minguada
Os pêlo chega alfinetar
Alí na bêra do córgo do meio
Em cima d'água, eu vi a língua azul do boitatá
A mãe da lua, no córgo do meio
E os curiango, eram as alma que vinham penar
Passava perto do córgo do meio
E ficava imaginando a pinguela quebrar
Ali na mata do córgo do meio
À meia noite, eu vi a venta da onça esturrar
Era uma terra de boa medida
Uma rocinha cultivava o que era trivial
E na baixada, um brejo de lagoa
Depois dele, um veio d'água e pinguela de pau
Desembocava no córgo do meio
Eu tinha medo de receio daquele lugar
Se enveredava na sombra escura da mata
Nem por reza nem pirraça eu tentava lhe acompanhar
O medo brota na mente da gente
"Oxente, que menino bobo", cê pode pensar
De dia, até que eu achava bonito
Mas té hoje inda evito de passar por lá, pois
Meu amigo, à noite é diferente
À noite é quando a gente sente o peito arritimar
Ali no encontro do córgo com o veio d'água
Em noite de quarto minguada
Os pêlo chega alfinetar
Alí na bêra do córgo do meio
Em cima d'água, eu vi a língua azul do boitatá
A mãe da lua, no córgo do meio
E os curiango, eram as alma que vinham penar
Passava perto do córgo do meio
E ficava imaginando a pinguela quebrar
Ali na mata do córgo do meio
À meia noite, eu vi a venta da onça esturrar
Ê, boitatá, ê ê ê
Eu, home feito, pesado, barbudo
De calo grosso, facão no afiar
Depois de andar nas picada do mundo
E despencar do que era certo achar
Tem vez que busco a coragem no fundo
Tem vez que falta a fibra de arriscar
Mas sempre lembro dos medo que tive
E do respeito e da coragem que esses medo dá
Alí na bêra do córgo do meio
Em cima d'água, eu vi a língua azul do boitatá
A mãe da lua, no córgo do meio
E os curiango, eram as alma que vinham penar
Passava perto do córgo do meio
E ficava imaginando a pinguela quebrar
Ali na mata do córgo do meio
À meia noite, eu vi a venta da onça esturrar
Uma rocinha cultivava o que era trivial
E na baixada, um brejo de lagoa
Depois dele, um veio d'água e pinguela de pau
Desembocava no córgo do meio
Eu tinha medo de receio daquele lugar
Se enveredava na sombra escura da mata
Nem por reza nem pirraça eu tentava lhe acompanhar
O medo brota na mente da gente
"Oxente, que menino bobo", cê pode pensar
De dia, até que eu achava bonito
Mas té hoje inda evito de passar por lá, pois
Meu amigo, à noite é diferente
À noite é quando a gente sente o peito arritimar
Ali no encontro do córgo com o veio d'água
Em noite de quarto minguada
Os pêlo chega alfinetar
Alí na bêra do córgo do meio
Em cima d'água, eu vi a língua azul do boitatá
A mãe da lua, no córgo do meio
E os curiango, eram as alma que vinham penar
Passava perto do córgo do meio
E ficava imaginando a pinguela quebrar
Ali na mata do córgo do meio
À meia noite, eu vi a venta da onça esturrar
Era uma terra de boa medida
Uma rocinha cultivava o que era trivial
E na baixada, um brejo de lagoa
Depois dele, um veio d'água e pinguela de pau
Desembocava no córgo do meio
Eu tinha medo de receio daquele lugar
Se enveredava na sombra escura da mata
Nem por reza nem pirraça eu tentava lhe acompanhar
O medo brota na mente da gente
"Oxente, que menino bobo", cê pode pensar
De dia, até que eu achava bonito
Mas té hoje inda evito de passar por lá, pois
Meu amigo, à noite é diferente
À noite é quando a gente sente o peito arritimar
Ali no encontro do córgo com o veio d'água
Em noite de quarto minguada
Os pêlo chega alfinetar
Alí na bêra do córgo do meio
Em cima d'água, eu vi a língua azul do boitatá
A mãe da lua, no córgo do meio
E os curiango, eram as alma que vinham penar
Passava perto do córgo do meio
E ficava imaginando a pinguela quebrar
Ali na mata do córgo do meio
À meia noite, eu vi a venta da onça esturrar
Ê, boitatá, ê ê ê
Eu, home feito, pesado, barbudo
De calo grosso, facão no afiar
Depois de andar nas picada do mundo
E despencar do que era certo achar
Tem vez que busco a coragem no fundo
Tem vez que falta a fibra de arriscar
Mas sempre lembro dos medo que tive
E do respeito e da coragem que esses medo dá
Alí na bêra do córgo do meio
Em cima d'água, eu vi a língua azul do boitatá
A mãe da lua, no córgo do meio
E os curiango, eram as alma que vinham penar
Passava perto do córgo do meio
E ficava imaginando a pinguela quebrar
Ali na mata do córgo do meio
À meia noite, eu vi a venta da onça esturrar
Credits
Writer(s): Thobias Jacó
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