Inverno Sem Lareira

A saia que me deste já não roda
E outra rodará noutro lugar
A saia que no tempo foi de roda
É como que uma flor a querer murchar

Deixaste levemente a minha vida
E eu, eu vi na dor a tua ausência
E basta o teu adeus pra ver a ferida
Que arrasta do meu peito a sua essência

Os versos que escreveste se apagaram
Voaram como voa a voz do vento
As rimas numa lágrima ficaram
Fizeram do papel um céu cinzento

E agora como volta a vida inteira
Se os olhos desistiram de me ver?
O inverno é janeiro sem lareira
Com chuva que ao cair não faz nascer



Credits
Writer(s): Fado Tradicional Felício - ângelo Freire
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