Geminiano Apressado

Quando nasci um bela dia, logo depois da primavera
Estava chovendo alegria no coração
O filho rei enfim chegava numa família machucada
Pela história da civilização
Choveu também litros de água, para limpar todas as mágoas
E celebrar com um filho essa paixão
Foi na cidade de Bruxelas, que eu nasci rindo a toa
Para reforçar essa união
Cresci no mundo organizado pelos horários ferroviários
Entre o subúrbio e a cidade do Manequinho
Sempre com frio, pés molhados
Um guarda-chuva como telhado
Para proteger essa alma sem destino
E quando pude finalmente, passado anos de repente
Chegar à terra onde meu coração late
Senti saudade desta cidade
Onde a mente perde a razão pede perdão por se apaixonar
Também saudade do um passado não vivido
Alma apressada volta para o seu lugar
Cai no samba, cai no mar, eu descobri o meu lugar
Fui a Portela, fui a Serrinha dançar um jongo e cantar
Cai no samba, cai no mar, Eu descobri o meu lugar
Cheguei em casa, aqui é o meu lar
Um perfeito geminiano, quando pode ser clonado
Se espalha e perde a razão
E assim fui navegando, da raiz à flor do campo
Com lugar marcado em cada estação
Multiplicando os meus afetos
Reconhecendo o que é seco
E que sem chuva nada cresce no sertão
Alma apressada eu fui seguindo o meu rumo
Num universo com dos mundos
Agradecendo esta fusão
Recuperando o tempo que não foi vivido
Abençoado por São Sebastião
Cai no samba, cai no mar, eu descobri o meu lugar
Fui a Portela Fui a Serrinha dançar um jongo e cantar
Cai no samba, cai no mar, eu descobri o meu lugar
Cheguei em casa, aqui é o meu lar
Cai no samba, cai no mar, eu descobri o meu lugar
Fui a Portela Fui a Serrinha dançar um jongo e cantar
Cai no samba, cai no mar, eu descobri o meu lugar
Cheguei em casa, aqui é o meu lar
Aqui é o meu lar