Navalha na Carne

Cessou o fogo só resta a fumaça
Agora é pedra, quem é a vidraça?
Não há pudor caiu a mordaça
Mas segue o jogo com a mesma trapaça

Seguem as chagas, o sermão e a batina
Tempo inflamável, atmosfera assassina
Entre os escombros, faz de conta é rotina
Obediência... existência cretina

Ei, verme
Esse é o enredo da trama
A trama, verme
É navalha na carne
Ei, verme
Esse é o enredo da trama
A trama, verme
É navalha na carne

Agitação por todos os lados
Mentes em guerra, mundo indignado
Sobras do pão sovado pelo diabo
Nos tornam hoje o que fomos no passado

Ei, verme
Esse é o enredo da trama
A trama, verme
É navalha na carne
Ei, verme
Esse é o enredo da trama
A trama, verme
É navalha na carne

Sem criador restam só criaturas
Todos bastardos sem nome
Nada de novo e ninguém muda
Não há mal que perdure?

Ei, verme
Esse é o enredo da trama
A trama, verme
É navalha na carne
Ei, verme
Esse é o enredo da trama
A trama, verme
É navalha na carne



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