Cavilha

Devo ficar no velho salão
Com o gordo homem e o seu talão?
Onde os bancos são escusos, e
Onde os fundos são cheios de pó?
Desde que batam os pregos e
Arrastem seus móveis sem pedir,
Quando a resta o chapéu fizer,
Um curumim vai se pôr de pé.
Quando a casa de boneca abrir
Pra lhe entregar a fita de medir,
E quando o grão se picar em caporal,
Aperte os laços do seu bornal.
Quando minha testa se avermelhar,
O canto da boca se rachar,
E afinal o meu amor voltar do mar,
Em pé no cais eu vou lhe esperar.
E quando o meu menino espichar,
Não poderei mais lhe apertar
Ou inventar histórias pra lhe contar;
Não estarei mais lá pra lhe confortar.



Credits
Writer(s): Tárik De Oliveira Gomes
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