Sobre a Falta de Afeto
Ultimamente, ou desde sempre?
A escuridão é minha vela, ela se apaga e acende
Antes do "bom dia", eu me olho
Penso se gosto do que vejo no espelho ou nas lentes
É que foi mais de 15 anos querendo mudar de cor
Resolve essa conta, doutor
Que nunca me disse que eu também podia ser doutor
Só que a cota de jogador já passou
Eu não tenho a coragem de meu avô
Eu me acovardo e me esquivo toda vez que a vida vem de front
É o mesmo sonho, talvez outro horizonte
O veneno tá perto e ele tá tão longe
Eu falo dos dois nomes
Não ouvi "eu te amo"
"É que não é coisa de homem."
Falta de afeto fode com os futuros homens
Ou você aparece ou você se esconde
Perco a voz gritando comigo mesmo
Pedindo mais um pouco pra eu ser eu mesmo
Mas, afinal, o que é ser eu mesmo?
Ao menos, o questionamento é verdadeiro
Minha consciência, imensidão, nela eu me perco
Espaço, frustração, beleza e desejo
Que desde muito cedo eu vejo
Pro meu coração, ordem de despejo
Nego, minha história pode ser bem curta
Eu posso ser confundido na rua, me escuta
Olha as palavras da Dona Lúcia, que se preocupa
E pede pra eu não usar lupa
Eu nasci e vou morrer com essa luta
Em outras retas, em outras curvas
Em outras pernas, em outras vulvas
Não, volta aí
Que agora é outra conduta
Falando sério, o meu pai tá sempre quieto
Sempre hilário, mas "mó" mistério
Não fala muito comigo, hoje eu nem quero
Vários aniversários sem abraçar o velho
Me fez querer ser estéril
De relações falhas eu tenho um império
Só agora eu levei isso a sério
Um ano pra mim é quase que um século
Também não me levo a sério
Eu não me sinto completo
Eu me entrego, venero
E alguns daqueles elos
Que eu pensei ser os mais sinceros
Mantive, mas, no fim, são os mesmos que ainda me quebram
Eu não quero mentir mais pra mim, deixei o jazz e você pra depois
O sossego passou por aqui, nem vimos, ó, ele já foi
Não posso mentir mais pra mim, deixei você pra depois
É que sempre foi assim, eu e o jazz, é só nós dois
Então vai
A escuridão é minha vela, ela se apaga e acende
Antes do "bom dia", eu me olho
Penso se gosto do que vejo no espelho ou nas lentes
É que foi mais de 15 anos querendo mudar de cor
Resolve essa conta, doutor
Que nunca me disse que eu também podia ser doutor
Só que a cota de jogador já passou
Eu não tenho a coragem de meu avô
Eu me acovardo e me esquivo toda vez que a vida vem de front
É o mesmo sonho, talvez outro horizonte
O veneno tá perto e ele tá tão longe
Eu falo dos dois nomes
Não ouvi "eu te amo"
"É que não é coisa de homem."
Falta de afeto fode com os futuros homens
Ou você aparece ou você se esconde
Perco a voz gritando comigo mesmo
Pedindo mais um pouco pra eu ser eu mesmo
Mas, afinal, o que é ser eu mesmo?
Ao menos, o questionamento é verdadeiro
Minha consciência, imensidão, nela eu me perco
Espaço, frustração, beleza e desejo
Que desde muito cedo eu vejo
Pro meu coração, ordem de despejo
Nego, minha história pode ser bem curta
Eu posso ser confundido na rua, me escuta
Olha as palavras da Dona Lúcia, que se preocupa
E pede pra eu não usar lupa
Eu nasci e vou morrer com essa luta
Em outras retas, em outras curvas
Em outras pernas, em outras vulvas
Não, volta aí
Que agora é outra conduta
Falando sério, o meu pai tá sempre quieto
Sempre hilário, mas "mó" mistério
Não fala muito comigo, hoje eu nem quero
Vários aniversários sem abraçar o velho
Me fez querer ser estéril
De relações falhas eu tenho um império
Só agora eu levei isso a sério
Um ano pra mim é quase que um século
Também não me levo a sério
Eu não me sinto completo
Eu me entrego, venero
E alguns daqueles elos
Que eu pensei ser os mais sinceros
Mantive, mas, no fim, são os mesmos que ainda me quebram
Eu não quero mentir mais pra mim, deixei o jazz e você pra depois
O sossego passou por aqui, nem vimos, ó, ele já foi
Não posso mentir mais pra mim, deixei você pra depois
É que sempre foi assim, eu e o jazz, é só nós dois
Então vai
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