Cinturão

(Cab)
E se eu já soubesse que a filha da puta ia roubar minhas neurose
No fim o que me importa, negão?
Bebendo do forte, fumando do brabo
Dois tragos cê tosse o pulmão
Minha banca te entorta, cuzão
Rima cafona bem dormida
Eu tô na insônia, pente cheio e punch brusca
Pra fugir do ofusca (Tá fodido!)
O ego é um Fusca, não gostou busca
O susta, o dado assusta, bato na fuça
Mas se cês quer filhão, então sem problema pra mim
Sim, vermes е leões compartilhando o camarim
Ganhei dе longe, cês faz cópia na caneta
Falei: escreve o que eu tô falando
Cês levaram ao pé da letra
Cabritin, mastiga igual capim, sem careta
Pisaram no meu pasto, vão ver o boi da cara preta!
Sente o aperto da jiboia
Antes me olhava com vazio
Hoje ela pergunta se tá frio ou é minhas jóia
Morte de rato nós celebra o sacrifício
Faz a curva, abaixa o vidro e solta os fogos de artifício

(Victor Xamã)
Tô rimando pra caralho pra imitar o Kurt Sutil
V Xamã roubou o protagonismo desse sudestino vazio
Cara fechada, São Paulo não é Hollywood
Barras agressivas Goldfinger virou Holyfield
Presa fácil, então corre como antílope
O que te satisfaz, ter um sucesso e ser medíocre, fi?
Um freestyle basta e eu acabo com esses MCs
Se força um pouco e capto esse ar competitivo e triste
Se pego o mic eu amasso
Não me esforço muito e o clima fica embaçado
Acho engraçado, se afogaram no raso
Meu som bate nessa porra, a caixa danificada
Espalha pelas áreas como se fosse praga
A cena desse ano no meu bolso não passa
O importante é o brinde e não a bebida na taça
Nos meus olhos um incêndio, todos ficam de cara!

(Rincon Sapiência)
Se não querem que eu lute, não pise no boot branco
Nem um pouco santo, a sensação é de assaltar um banco
Swingueira, Mete Dança, isso eu já cantei tanto
Vejo a cena de jejum, solta o beat que eu janto
Tenho fome, tô no giro, ciclone
Vida cara, tenho Lara, Dona Ivone
Hey Joe, sem flow, então some
Seu flow nem é um flow, é um clone
Eu sobrevivi
A vida deu várias pancada, nêgo, eu só devolvi
Falta de grana me assombrava, nêgo, eu só resolvi
Quem explora pra ter lucro, não quer dividir
Isso é trilha pra sair na mão e depois dar no pé
Os maloka tão cheio de fé, foco no cifrão
Na bala de ter uma grana na cor do café
A nossa motivação é ganhar o cinturão
(Uau!)

(Clara Lima)
Eu tenho notas em cima de notas
Inimigos e fofocas me rodeiam, me odeiam
Queriam mesmo me ver morta, na cadeia
Mas infelizmente eu tô vivona e tô de conta cheia
Foda-se essa cara feia, filho
Seu rap é desfocado e sem brilho
Nós é o dedo no gatilho
O trem fora do trilho
Difícil é resolver esse empecilho
Mas se clarear pra nós é de 100 grama a meio quilo
Visão de melhoria
Pra multiplicar e fortalecer minha família
Que sempre tá lá, quando eu não tô pá
Sem simpatia
A porrada come se tocar no nome dos cria
Se quiser brincar tem soco até o raiar do dia
Cês tão de guarda baixa, diretão na sua lata
Cruzado te tonteia, esquerdo te desmaia
O cinturão é meu, pra você é só vaia
Nadou num mar de soco e hoje vai morrer na praia



Credits
Writer(s): Danilo Albert Ambrosio, Lucas Borges De Souza, Victor Garcia De Almeida, Ana Clara Silva De Lima, Guilherme De Campos Ambrosio
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