Grão de Areia
Lá vou eu pela estrada em noite escura
De João Pessoa à Fortaleza
A vida é dura como é a rapadura
Mas com ela se faz muita beleza
Não sou rico, nem rei e só me atura
Quem o mundo atravessa com leveza
Choro as lágrimas e a dor do crocodilo
Em cada alma um oceano de riqueza
Se não gosto, aí sou o bicho grilo
Mas se gosto, então faço o que deseja
Bate bem a zabumba, aí eu piro
Faço mote e canto a natureza
Em terras velhas que pra mim ainda são novas
Sou matuto e acompanho no bom tempo
Sou ligeiro na arte, faço trovas
E na arte do amor eu arrebento
Se pensar que é bom me traga provas
Se é feliz, pode crer que eu fico atento
Sou irmão da loucura que aí corre
Coração entre taras e desejos
São saudades de um tempo que não morre
Em tua pele o amor de tantos beijos
Se brincar hoje é que eu tomo um porre
Pra depois passear além do tejo
Cem por hora, não tem dia ou hora
Para ver nascer taras tão insanas
Sei que um dia daqui eu vou me embora
Por enquanto não tenho tantas ganas
No passado eu não vivo, mas dou bola
Pro futuro num bater de pestanas
Mas é bem no presente que eu me sinto
Quem mais corre é que pensa que se inflama
Devagar é meu mote, aí não minto
Não me atenta se se joga na lama
Se é só pra viajar teu corpo, eu pinto
Se a coisa mudar, prefiro a cama
No amor sou como animal feroz
Passarinho sou atravessando o mundo
É devagar, meu amor, não é veloz
Devagar se vai bem mais profundo
Pro amor vou eu desatando nós
Mas se empaca, aí é que eu puxo assunto
Fort alèse castanha renda e rede
Em Mucuripe ou na Praia do futuro
Lá no mar me entrego, tenho sede
Largo um riso, pois com isso me curo
Engulo o mundo, mas se perguntar quede
Ser profundo, ir ao fundo, o papo é duro
A viagem é sem pé e sem cabeça
Quem não sabe é que pensa que é sabido
Se me cansa, eu peço que me esqueça
Paro e sento se o caminho é comprido
No amor quero que tudo aconteça
Se ficar difícil é com cupido
Fim do mundo um pouquinho antes de lá
Minha poesia por aqui empacou
Por acaso é que estou cantando em lá
A viagem que agora começou
No Islã a embolada vou jogar
Se não pega no ar, já tropeçou
Vou me embora de vez e é teimosia
E afirmo que pra aqui vou voltar
Sou irmão, pai e mãe da poesia
Não se assuste, pois sou de encarar
Tempestade, trovão, raio e magia
Enfrento tudo até o mundo acabar
De João Pessoa à Fortaleza
A vida é dura como é a rapadura
Mas com ela se faz muita beleza
Não sou rico, nem rei e só me atura
Quem o mundo atravessa com leveza
Choro as lágrimas e a dor do crocodilo
Em cada alma um oceano de riqueza
Se não gosto, aí sou o bicho grilo
Mas se gosto, então faço o que deseja
Bate bem a zabumba, aí eu piro
Faço mote e canto a natureza
Em terras velhas que pra mim ainda são novas
Sou matuto e acompanho no bom tempo
Sou ligeiro na arte, faço trovas
E na arte do amor eu arrebento
Se pensar que é bom me traga provas
Se é feliz, pode crer que eu fico atento
Sou irmão da loucura que aí corre
Coração entre taras e desejos
São saudades de um tempo que não morre
Em tua pele o amor de tantos beijos
Se brincar hoje é que eu tomo um porre
Pra depois passear além do tejo
Cem por hora, não tem dia ou hora
Para ver nascer taras tão insanas
Sei que um dia daqui eu vou me embora
Por enquanto não tenho tantas ganas
No passado eu não vivo, mas dou bola
Pro futuro num bater de pestanas
Mas é bem no presente que eu me sinto
Quem mais corre é que pensa que se inflama
Devagar é meu mote, aí não minto
Não me atenta se se joga na lama
Se é só pra viajar teu corpo, eu pinto
Se a coisa mudar, prefiro a cama
No amor sou como animal feroz
Passarinho sou atravessando o mundo
É devagar, meu amor, não é veloz
Devagar se vai bem mais profundo
Pro amor vou eu desatando nós
Mas se empaca, aí é que eu puxo assunto
Fort alèse castanha renda e rede
Em Mucuripe ou na Praia do futuro
Lá no mar me entrego, tenho sede
Largo um riso, pois com isso me curo
Engulo o mundo, mas se perguntar quede
Ser profundo, ir ao fundo, o papo é duro
A viagem é sem pé e sem cabeça
Quem não sabe é que pensa que é sabido
Se me cansa, eu peço que me esqueça
Paro e sento se o caminho é comprido
No amor quero que tudo aconteça
Se ficar difícil é com cupido
Fim do mundo um pouquinho antes de lá
Minha poesia por aqui empacou
Por acaso é que estou cantando em lá
A viagem que agora começou
No Islã a embolada vou jogar
Se não pega no ar, já tropeçou
Vou me embora de vez e é teimosia
E afirmo que pra aqui vou voltar
Sou irmão, pai e mãe da poesia
Não se assuste, pois sou de encarar
Tempestade, trovão, raio e magia
Enfrento tudo até o mundo acabar
Credits
Writer(s): Toninho Almeida
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