Pagodes de Viola - Estudio

O destino aqui me trouxe
Cantar pra vocês eu vou
Eu só trouxe coisa boa
Foi meu sertão quem mandou

Na beirada do telhado é morada do cuitelo
Sanhaço tem pena verde e mora no pé de marmelo
No galho da laranjeira sabiá peito amarelo
No braço desta viola, mineiro de Monte Belo
Quando eu entro no catira os meus pés são dois martelos

Quem tem mulher que namora
Quem tem burro empacador
Quem tem a roça no mato
Me chame que jeito eu dou
Eu tiro a roça do mato, sua lavoura melhora
E o burro empacador, eu corto ele na espora
E a mulher namoradeira
Eu passo o couro e mando embora

Viola que não presta
Faca que não corta
Se eu perder
Pouco me importa
O cabo da minha enxada
Era um cabo bacana
Não era de Guatambú
Era de Cana Caiana
Um dia lá na roça
Me deu sede toda hora
Chupei o cabo da enxada
E joguei a enxada fora
Enxada que não presta
Faca que não corta
Se eu perder
Pouco me importa

Eu não caio do cavalo
Nem do burro e nem do gaio
Ganho dinheiro cantando
A viola é meu trabalho
No lugar onde tem seca
Eu de sede lá não caio
Levanto de madrugada
E bebo pingo de orvalho
Chora viola



Credits
Writer(s): Antenor Serra, Lourival Dos Santos, Moacir Dos Santos, Teddy Vieira, Tião Carreiro
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