sina

Vivendo em companhia
De quem eu não queria
Foi que cheguei à conclusão
De que prefiro a solidão

Não quero tantos amigos
Ou pular tantos abismos
Ou descobrir que o frio
Não aquece o meu coração

Vim caminhando na contramão
E dormindo no mais macio chão
Mas nunca do lado de alguém
Que seja aquele alguém

Não era minha, era de outrem
Sob a desculpa que tal me quer bem
Mas não quero alguém
Não sou de ninguém

Eu me esqueci na esquina
Tão fria, moribunda, fina
Ácido líquido queimando minha retina
Assinando, sem saber, o que seria minha sina

Mas não preciso nem mais de rima
Vou viver em todo lugar
Com todo fulgor
Sempre

Sou ar, uivando nas gélidas noites
Sabem que estou lá
Mas não conseguem me pegar

Eu me esqueci na esquina
Tão fria, moribunda, fina
Ácido líquido queimando minha retina
Assinando, sem saber, o que seria minha sina

E assim vou me levar
Todo dia, aqui, acolá
A fim de me aprender
E que viver, afinal, não é sobre não morrer



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