vizinho do lado
Tenho comichão e às vezes já não consigo respirar
A pele aperta só parece que me quer puxar
E eu já não já não já não quero saber andar
Os pés vão a rastejar
E eu só quero é sangrar
Que os joelhos fiquem feios cheios de feridas
E que nada saia frio desta vida
Eu não queria ter de estar assim incerta até tão tarde estou desperta
Acordada para ouvir mais uma vez
Os sussurros do outro lado da parede acho que o demónio tem sede de me ver
Chorar, cair, falhar, abandonar tudo
Será que o vou parar ao construir um muro?
Será que é sequer isso que eu construo?
Ou será que é aqui que eu moro?
Falo baixinho não quero incomodar o vizinho do lado
O demónio chateado que me bate à janela
O demónio chateado que me bate à janela
Ah-ah-ah
Acendo uma vela e faço um ritual
Pode ser que se eu for diferente ele também seja normal e me
Saia porta fora
Por favor vai agora que amanhã tenho amigos vêm cá
Dar abracinhos e eu
Preciso de carinho só mais um beijinho antes de
Ires embora porta fora vem pra dentro que eu já
Não tenho espaço para tanta solidão já não há
Mais espaço para mim no coração e eu
Preciso só de uma cama onde me possa deitar
Será que o meu peito tem espaço pra emprestar?
Queria que alguém me devolvesse do passado mas toda a gente sabe que ele já está morto matado lá em
Incêndios que incendiei
E nunca apaguei
Cá está a minha mãe e o meu pai já vem também
Daqui a nada na estrada só destroços de quem fui
Será que eles um dia vão saber o quanto dói?
Será que um dia acordam e vêem aquilo que foi?
A filha que deixaram na casa que só destrói
E eu só quero ser feliz
Mas da felicidade sou aprendiz
Tudo o que eu sempre quis
É
Calar o demónio chateado que me bate à janela
Calar o demónio chateado que me bate à janela
Janela
Vou trancá-la
E deitar a chave fora
A pele aperta só parece que me quer puxar
E eu já não já não já não quero saber andar
Os pés vão a rastejar
E eu só quero é sangrar
Que os joelhos fiquem feios cheios de feridas
E que nada saia frio desta vida
Eu não queria ter de estar assim incerta até tão tarde estou desperta
Acordada para ouvir mais uma vez
Os sussurros do outro lado da parede acho que o demónio tem sede de me ver
Chorar, cair, falhar, abandonar tudo
Será que o vou parar ao construir um muro?
Será que é sequer isso que eu construo?
Ou será que é aqui que eu moro?
Falo baixinho não quero incomodar o vizinho do lado
O demónio chateado que me bate à janela
O demónio chateado que me bate à janela
Ah-ah-ah
Acendo uma vela e faço um ritual
Pode ser que se eu for diferente ele também seja normal e me
Saia porta fora
Por favor vai agora que amanhã tenho amigos vêm cá
Dar abracinhos e eu
Preciso de carinho só mais um beijinho antes de
Ires embora porta fora vem pra dentro que eu já
Não tenho espaço para tanta solidão já não há
Mais espaço para mim no coração e eu
Preciso só de uma cama onde me possa deitar
Será que o meu peito tem espaço pra emprestar?
Queria que alguém me devolvesse do passado mas toda a gente sabe que ele já está morto matado lá em
Incêndios que incendiei
E nunca apaguei
Cá está a minha mãe e o meu pai já vem também
Daqui a nada na estrada só destroços de quem fui
Será que eles um dia vão saber o quanto dói?
Será que um dia acordam e vêem aquilo que foi?
A filha que deixaram na casa que só destrói
E eu só quero ser feliz
Mas da felicidade sou aprendiz
Tudo o que eu sempre quis
É
Calar o demónio chateado que me bate à janela
Calar o demónio chateado que me bate à janela
Janela
Vou trancá-la
E deitar a chave fora
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