Paulinho Rahs -
Pequenos Momentos (No Dia Que o Marcão Morreu, no Velório Não Faltou Ninguém...) [Acústico] - Single
Pequenos Momentos (No Dia Que o Marcão Morreu, no Velório Não Faltou Ninguém...) - Acústico
Onde é que andam os teus sonhos
E aqueles pensamentos risonhos
De mudar o mundo?
Senta aqui um segundo, vamos conversar
Eu quero ouvir da correria da tua vida
Da tua falta de tempo
Das lutas e das tretas
E também do fundo daquela gaveta
Onde eu sei que os teus sonhos foram parar
Onde é que anda aquela criança
Que via a vida como uma dança?
Hoje ela cresceu e se tornou você
Mas eu sei que de vez em quando ela te visita
E quando ela vem, você acredita
Ou prefere a esquecer?
E dizer que a vida adulta não dá margem
Tirar um dia pra ser criança é bobagem
Porque você tem muito mais a fazer
Quando foi a última vez que você andou de pés descalços?
Quando foi a última vez que surpreendeu
Alguém que ama com um longo abraço?
Quando foi a última vez que tirou um dia
100% pra você, sem pensar em mais nada?
E quando foi a última vez que você chorou... mas de tanto dar risada?
E aí tem aquela histórinha assim:
- Vamos marcar algo?
- Ah, não... Semana que vem, talvez!?
- Pô cara, eu tô com saudade tua!
- Eu também! Um dia desse ligo pra vocês...
- Faz tempo que a gente não se vê, né!?
- Ah, verdade, é que a minha vida agora tá uma correria!
- Pô, então aparece lá em casa!
- Claro... Logo, logo eu te aviso o dia...
Isso me lembrou de um grupo de amigos
Que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué, hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro
Quando não cancelavam o encontro também
Mas no dia que o Marcão morreu
No velório não faltou ninguém
Você já parou pra pensar que o tempo com seus pais e avós é extremamente limitado?
Que o teu cachorro tão amigo não vai passar a vida inteira do seu lado?
E que os anos só vão seguir voando de um jeito cada vez mais veloz?
E que se você não tem tempo agora
Você vai arranjar tempo, mas vai ser naquele dia que te faltar a voz
Vinte, trinta, quarenta, cinquenta
Década após década, essa chance só aumenta
Com sorte... Com sorte a gente vive, sei lá, mais ou menos até os oitenta
Quanto tempo você ainda acha que tem?
E mais do que isso: quanto mais você aguenta?
Quantas despedidas você ainda tem pela frente?
Quantas dores, machucados, decepções com todo tipo de gente
Quantas vezes você ainda vai votar pra presidente?
E será que a gente vive pra ver um...
Pelo menos um político decente?
A vida, meus amigos,
A vida conta mesmo é nos pequenos momentos
Você vai ter derrotas, quedas, mágoas
Daquele nosso time rebaixamentos
Mas o mais importante de tudo e que eu acho que vocês estão esquecendo
Quantos pequenos sorrisos ultimamente você anda tendo?
E aqueles pensamentos risonhos
De mudar o mundo?
Senta aqui um segundo, vamos conversar
Eu quero ouvir da correria da tua vida
Da tua falta de tempo
Das lutas e das tretas
E também do fundo daquela gaveta
Onde eu sei que os teus sonhos foram parar
Onde é que anda aquela criança
Que via a vida como uma dança?
Hoje ela cresceu e se tornou você
Mas eu sei que de vez em quando ela te visita
E quando ela vem, você acredita
Ou prefere a esquecer?
E dizer que a vida adulta não dá margem
Tirar um dia pra ser criança é bobagem
Porque você tem muito mais a fazer
Quando foi a última vez que você andou de pés descalços?
Quando foi a última vez que surpreendeu
Alguém que ama com um longo abraço?
Quando foi a última vez que tirou um dia
100% pra você, sem pensar em mais nada?
E quando foi a última vez que você chorou... mas de tanto dar risada?
E aí tem aquela histórinha assim:
- Vamos marcar algo?
- Ah, não... Semana que vem, talvez!?
- Pô cara, eu tô com saudade tua!
- Eu também! Um dia desse ligo pra vocês...
- Faz tempo que a gente não se vê, né!?
- Ah, verdade, é que a minha vida agora tá uma correria!
- Pô, então aparece lá em casa!
- Claro... Logo, logo eu te aviso o dia...
Isso me lembrou de um grupo de amigos
Que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué, hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro
Quando não cancelavam o encontro também
Mas no dia que o Marcão morreu
No velório não faltou ninguém
Você já parou pra pensar que o tempo com seus pais e avós é extremamente limitado?
Que o teu cachorro tão amigo não vai passar a vida inteira do seu lado?
E que os anos só vão seguir voando de um jeito cada vez mais veloz?
E que se você não tem tempo agora
Você vai arranjar tempo, mas vai ser naquele dia que te faltar a voz
Vinte, trinta, quarenta, cinquenta
Década após década, essa chance só aumenta
Com sorte... Com sorte a gente vive, sei lá, mais ou menos até os oitenta
Quanto tempo você ainda acha que tem?
E mais do que isso: quanto mais você aguenta?
Quantas despedidas você ainda tem pela frente?
Quantas dores, machucados, decepções com todo tipo de gente
Quantas vezes você ainda vai votar pra presidente?
E será que a gente vive pra ver um...
Pelo menos um político decente?
A vida, meus amigos,
A vida conta mesmo é nos pequenos momentos
Você vai ter derrotas, quedas, mágoas
Daquele nosso time rebaixamentos
Mas o mais importante de tudo e que eu acho que vocês estão esquecendo
Quantos pequenos sorrisos ultimamente você anda tendo?
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