Velar a Vida, Viver a Morte

Existir é tão profundo e simples
Que o mundo no fundo de dentro de tudo
Pode estar aqui
E a vida e a morte: janelas
Construímos paraquedas durante a queda que nunca chega
Impermanência é o chão onde se baila a dança da transformação
A cada fim um novo começo a surgir
Passos: o medo e a esperança
Nos abraçamos ao desconhecido sem resistir
Pessoas juntas, argamassa, tijolos
O lugar que deixa o coração de Cláudia quentinho
Deixar, deixar, "vá filho, vá..."
Não há nada que não morra; se não, não há a vida
No bardo do morrer, doar-se ao fim é o começo, não despedida
"Me dê água, aqueça meus pés e mãos, filha"
Meu corpo rígido e minha respiração longa indo ao cessar
A consciência se dissolve no espaço
Um eu sem ego pega esse trem
Recupera, respira e redescobre
Desenredar e desobstruir a clara luz da morte
Deixar o ar
Arar espaço
Arejar já
Urjá que haja vida ventilada
Olha para o céu, meu amor, quanta brecha, quanto sim
Porvir
Povoa teu coração de gente
Solo fértil para possibilidade na beleza dos intervalos
Nutrir semente de ternura
Nutri de quê? de força, de bondade
De intenção de mudança boa, de calor
Estender calor a nós mesmos e irradiar a todas as pessoas
Deixar que todas as pessoas possam se sentar junto de você
Não dividir, mas estender
Abrir a mente cada vez mais e mais à amplidão
Amar, amar ... as árvores se continuam



Credits
Writer(s): Lemon Torquato
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