Mitiê

Se o homem que é mesmo é não ser
Não me diga mais quem sou você
Não é isso que eu quero saber
Põe na roda o seu mitiê

Nem os astros conseguem prever
O gingado que faz remexer
A poesia que deixa entrever
Brecha n'alma, Oxalá
Diz você

Quem sou eu, ninguém pode dizer
Sobrenome, juiz, nem TV
Teorema nenhum tem poder
De acabar com o tesão de viver

Não há look, trejeito ou CV
Nem essência que o dite o crescer
Não há santo que faça morrer
O prazer de inventar o prazer

Desse fuzuê
Do destino escapou pra não ser
Do que não sou, do que não é você
Do ardor desse oco, renascer

Desse fuzuê
Do destino escapou pra não ser
Do que não sou, do que não é você
Do ardor desse oco, florescer

Se o homem quer mesmo é não ser
Quem sou eu, ninguém pode dizer
Nem os astros conseguem prever
O prazer de inventar o prazer

E o futuro não pode existir
Se o verbo teimar em rimar
O milagre profano do amor

Não pede licença, benção, perdão
Desculpa, explicação ou resposta
Só pede passagem

Desse mitiê
Do destino escapou pra não ser
Do que não sou, do que não é você
Do ardor desse oco, florescer

Desse fuzuê
Do destino escapou pra não ser
Do que não sou, do que não é você
Do ardor desse oco, renascer

Mas não dá pra não ser, se não for
Mas não dá pra não ser se
Mas não dá pra não ser, senão flor

Mas só dá pra não ser, se já foi
Mas só dá pra não ser, se já foi
Já é!



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