Chão e Céu
Ver como faz ponto
Tece, acontece e pronto
Ontem choveu, hoje amanheceu
Com o céu mais que maravilhoso
Semente dói ao se romper, é o broto que procura o sol
Esperando que reguem
De chuva ou de mão, cê vê
A depender do espaço que temos para crescer, entregues
E íntegros
Logo viro, falo, mano, eu cansei
Pode bolar esse base
Tédio dessa base, eu quero correr
Fora desse jogo seu de quatro pontas
Um quadrado falho
Eu vou pra roda a ver, pé juntinho brincar
Garganta gemer, o galo cantar
Conta só história, deixa que os minutos passem
Sem que eu perceba que um pouco de vida eu gasto
Eu gosto do gosto amargo
Amar mesmo só doce
Salgada de benção
Eu amo ela toda nove da noite
Me derramo, parece novela
Céu preto e ela aquarela branca
Me renova e faz lembrança
Brilhando ou escondida
Sendo o mistério da vida
Acontecendo o esotérico
Diante da minha crista
Não, não é ponto de vista
É disso para além das pistas
Que os astronautas não contaram sobre a Terra
Não, não, só pensam ir pra Marte
Eles só querem morte
Te faz acreditar nessa mentira que é a sorte
Dessa parte do lucro a arte é o furto
E eu sou fruto desse crime contra o abuso dos destroços
Desatando nós, vê como faz ponto
Tece, acontece e pronto
Ontem choveu, hoje amanheceu
Com o céu, mais que maravilhoso
Putz, ai que gostoso
A paz de quem sabe que ficar bem
Depende desse mergulho intenso e profundo pra dentro do ser
Putz, olha eu de novo
Pondo pra jogo meu próprio refém
Meu ócio tempo valioso
Convoco os minutos para renascer
Mundo injusto é a razão
Da saia justa ser vazão
Da crueldade comer solta pelo trem
Independente do vagão, mas depende da condição
De quanto tem pra condução
Ou se o rolê é só de nave
Vendo os ralé na neve
Morrendo de frio e fome
Embaixo desse céu de estrela tem tanta calamidade
Eu tenho dificuldade em superar a realidade
A parte do mundo linda é sem gente e com humanidade
Sociedade perdida na própria saciedade
Shot de bosta e ganância, suprindo essa imunidade
Eu sopro pro vento polén, eu quero fazer minha parte
Não dá pra salvar o mundo, não dá pra viver de arte
Só dá pra salvar o minuto e poesia faz essa catarse
Só dá pra viver o tempo, me atentar ao que tá errado
A cultura virou contexto, desgraça virou um quadro
Diante da confusão as paredes me falaram que os livros que eu tava lendo jamais serão apagados
Jamais vou trocar de lado
Jamais, jamais
O fogo que cê taca no cerrado serrando a amazônia
Eu vou gritar, eu vou gritar, é pra caralho
Jamais vou trocar de lado
Jamais, jamais
O abuso que cê fez com essa mulher
Não vou meter a colher, vou meter soco
A sua goela abaixo
Jamais vou trocar de lado
Não, não, não
Jamais, jamais
Jamais
O abismo social que cê inventou, patriarcado
Dual, cruel, genocida, escancarado
Eu vou fazer meu máximo pra acabar com um por um de seus criados
Jamais vou trocar de lado
Tece, acontece e pronto
Ontem choveu, hoje amanheceu
Com o céu mais que maravilhoso
Semente dói ao se romper, é o broto que procura o sol
Esperando que reguem
De chuva ou de mão, cê vê
A depender do espaço que temos para crescer, entregues
E íntegros
Logo viro, falo, mano, eu cansei
Pode bolar esse base
Tédio dessa base, eu quero correr
Fora desse jogo seu de quatro pontas
Um quadrado falho
Eu vou pra roda a ver, pé juntinho brincar
Garganta gemer, o galo cantar
Conta só história, deixa que os minutos passem
Sem que eu perceba que um pouco de vida eu gasto
Eu gosto do gosto amargo
Amar mesmo só doce
Salgada de benção
Eu amo ela toda nove da noite
Me derramo, parece novela
Céu preto e ela aquarela branca
Me renova e faz lembrança
Brilhando ou escondida
Sendo o mistério da vida
Acontecendo o esotérico
Diante da minha crista
Não, não é ponto de vista
É disso para além das pistas
Que os astronautas não contaram sobre a Terra
Não, não, só pensam ir pra Marte
Eles só querem morte
Te faz acreditar nessa mentira que é a sorte
Dessa parte do lucro a arte é o furto
E eu sou fruto desse crime contra o abuso dos destroços
Desatando nós, vê como faz ponto
Tece, acontece e pronto
Ontem choveu, hoje amanheceu
Com o céu, mais que maravilhoso
Putz, ai que gostoso
A paz de quem sabe que ficar bem
Depende desse mergulho intenso e profundo pra dentro do ser
Putz, olha eu de novo
Pondo pra jogo meu próprio refém
Meu ócio tempo valioso
Convoco os minutos para renascer
Mundo injusto é a razão
Da saia justa ser vazão
Da crueldade comer solta pelo trem
Independente do vagão, mas depende da condição
De quanto tem pra condução
Ou se o rolê é só de nave
Vendo os ralé na neve
Morrendo de frio e fome
Embaixo desse céu de estrela tem tanta calamidade
Eu tenho dificuldade em superar a realidade
A parte do mundo linda é sem gente e com humanidade
Sociedade perdida na própria saciedade
Shot de bosta e ganância, suprindo essa imunidade
Eu sopro pro vento polén, eu quero fazer minha parte
Não dá pra salvar o mundo, não dá pra viver de arte
Só dá pra salvar o minuto e poesia faz essa catarse
Só dá pra viver o tempo, me atentar ao que tá errado
A cultura virou contexto, desgraça virou um quadro
Diante da confusão as paredes me falaram que os livros que eu tava lendo jamais serão apagados
Jamais vou trocar de lado
Jamais, jamais
O fogo que cê taca no cerrado serrando a amazônia
Eu vou gritar, eu vou gritar, é pra caralho
Jamais vou trocar de lado
Jamais, jamais
O abuso que cê fez com essa mulher
Não vou meter a colher, vou meter soco
A sua goela abaixo
Jamais vou trocar de lado
Não, não, não
Jamais, jamais
Jamais
O abismo social que cê inventou, patriarcado
Dual, cruel, genocida, escancarado
Eu vou fazer meu máximo pra acabar com um por um de seus criados
Jamais vou trocar de lado
Credits
Writer(s): Georgia Carrera
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