Papel em Branco

Numa pele branca e um gesto inofensivo
Tão frágil e ameaçador
Plantou seu domínio

Com poder de fogo e um teatro de espelhos
Protagonizou a História com crimes

Uma mente insana e um caráter ridículo
Afável e devastador
Sarcástico, vil

Marcou o território e instaurou seus conceitos
Atravessou o mar
E trouxe o inferno até aqui

Na mata densa e longínqua
As folhas escondem os caminhos
De uma aldeia esquecida

No convívio com nativos
Deus dança sobre o chão batido
Enquanto o homem branco não chega lá

A febre queimou com água de batismo
A nação virou escória
A doença, o extermínio

No papel em branco
A doutrina do medo
E a cada vitória, um erro

A cada erro, uma vida
A cada erro

Numa pele branca e um gesto inofensivo
Estragou a História
Plantou seu domínio

Uma mente insana e um olhar destrutivo
Marcou território
Devastou o paraíso



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