São os Sinais do Tempo
É um barco e uma pedra
É a pedrada no charco
É o orvalho na erva
É a bandeira. É o arco
É a chuva. É o outono
É a sopa de hortelã
É o cão que não tem dono
É o bicho da maçã
O tempo que está mudado
É o orgulho nacional
É a balada. É o fado
A galinha no quintal
O carneiro a remoer
As hortenses da avenida
É o silêncio a bater
Numa vidraça partida
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
É o ódio que nos cega
É o braço que se estende
O discurso. A cabra-cega
É o homem que se vende
É o peito que não pára
De apertar o coração
É a comida mais cara
É a cara contra o chão
É a semente na terra
É o trigo na seara
É uma arma de guerra
É a raiva que dispara
É o lobo que devora
As canetas da poesia
É o momento. É a hora
De estrangular a alegria
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
É a videira. É o vinho
É o copo de amargura
É a santa da Ladeira
São as raias da loucura
É o tejo que se embala
Num cacilheiro doente
É o desejo que estala
É o buraco no dente
É o dinheiro. É o juro
O amor em percentagem
É o passado e o futuro
É uma questão de coragem
É o que sobra. É a falta
É o emprego decente
É a amizade da malta
É a ternura da gente
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
É a mulher que pariu
É o filho que se fez
É a corda e o rastilho
É o sarilho outra vez
É o mapa desenhado
Sobre as costelas partidas
É o sorriso emprestado
A hipoteca das vidas
É a mágoa registada
É a patente do medo
É a cultura enlatada
É o drama sem enredo
É o rugido da fera
É o marquês de pombal
O cravo na primavera
Uma prenda de Natal
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
É o azul. É o vício
É a carga de porrada
É a cara do polícia
É a liamba fumada
O ministro que promete
Que amanhã irá chover
O desenho na retrete
Para toda a gente ver
É a dança. É o marasmo
A paragem do autocarro
É atingir o orgasmo
Com o fumo de um cigarro
É chamar nomes à mãe
Do tipo que está ao lado
E responder a alguém
Eu estou bem, muito obrigado!
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
É a pedrada no charco
É o orvalho na erva
É a bandeira. É o arco
É a chuva. É o outono
É a sopa de hortelã
É o cão que não tem dono
É o bicho da maçã
O tempo que está mudado
É o orgulho nacional
É a balada. É o fado
A galinha no quintal
O carneiro a remoer
As hortenses da avenida
É o silêncio a bater
Numa vidraça partida
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
É o ódio que nos cega
É o braço que se estende
O discurso. A cabra-cega
É o homem que se vende
É o peito que não pára
De apertar o coração
É a comida mais cara
É a cara contra o chão
É a semente na terra
É o trigo na seara
É uma arma de guerra
É a raiva que dispara
É o lobo que devora
As canetas da poesia
É o momento. É a hora
De estrangular a alegria
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
É a videira. É o vinho
É o copo de amargura
É a santa da Ladeira
São as raias da loucura
É o tejo que se embala
Num cacilheiro doente
É o desejo que estala
É o buraco no dente
É o dinheiro. É o juro
O amor em percentagem
É o passado e o futuro
É uma questão de coragem
É o que sobra. É a falta
É o emprego decente
É a amizade da malta
É a ternura da gente
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
É a mulher que pariu
É o filho que se fez
É a corda e o rastilho
É o sarilho outra vez
É o mapa desenhado
Sobre as costelas partidas
É o sorriso emprestado
A hipoteca das vidas
É a mágoa registada
É a patente do medo
É a cultura enlatada
É o drama sem enredo
É o rugido da fera
É o marquês de pombal
O cravo na primavera
Uma prenda de Natal
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
É o azul. É o vício
É a carga de porrada
É a cara do polícia
É a liamba fumada
O ministro que promete
Que amanhã irá chover
O desenho na retrete
Para toda a gente ver
É a dança. É o marasmo
A paragem do autocarro
É atingir o orgasmo
Com o fumo de um cigarro
É chamar nomes à mãe
Do tipo que está ao lado
E responder a alguém
Eu estou bem, muito obrigado!
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
São os sinais do tempo
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