Dança da Medusa (174 Remix)

Naquele dia chovia
Caía vida dos céus como oferta divina
Era pronuncio de morte por afogamento precoce
Pela inteligência que evoluía naquela água agridoce
O Homem surgia como uma pérola
Brilhante, e selvagem como o seu fogo na caverna
Visionário sobrevivente
Criativo no momento
Inventou a lança e foi como se descobrisse o seu talento

Usou-a como utensílio sagrado pra caças
Usou-a pra se separar em tribos e raças
Criou religiões
Algumas por alucinações
Pelo proveito mercantilista
Ou por divinas inspirações
Transformou inteligência em prepotência
Desbravou incógnitas e meteu-se no mar pra levar a crença... mas
Quanta espada enferrujada em troca de uma escrava
Quanta crosta arrancada no recolher da chicotada
Quanta alma desvanecida
Apodrecida pelo líder que come vida
Regida por impérios físicos e espirituais
Até ao monetário - real potencial para ter mais
_ Humanidade que és capaz do profano e do puro
_ Fazes guerra para ter PAZ
_ És o martelo e o muro
_ És horror e a beleza
_ És vingança e perdão
_ Só tu abraças a natureza com uma faca na mão

I have a dream

São pequenos traços no diário do Homem
Factos ignorados que dentro da capa se escondem
Livro que quando lido fica no ouvido
O grito dos judeus no holocausto e antigo Egipto
Perseguição de raças por credos em discordância
Armas incentivadas pela ignorância
Mentes comandadas pela ganância e pela ânsia de poder ter poder
Seja qual a circunstância
Porque a natureza fez nos sobreviventes
Primeiro o pão na mesa e só depois compreender os parentes
Nunca satisfeito, o Homem ta sempre mal
O fraco quer sobreviver
O forte quer ser imortal
Teve sempre medo, do superior e do não óbvio
Até descobrir o tal negócio: injectá-lo no próximo
Através de uma caixa que informa e decora
Cada compartimento com o cheiro e forma de pandora

I still have a dream

Fé, terra, ar, água e fogo
A dança da medusa e do Sol num só jogo
Luz divina que traduz aquela chuva de vida num piano, numa tela
Uma pele descoberta e um olhar que não atraiçoa
Traz a palavra certa de uma pomba que ainda voa
E a fala preocupada que grita a quem não oiça
Não abala a Esperança
Que não chora... só baloiça

Mas nas finanças, na atmosfera a intempérie é perceptível
Identidade humana resumida a um numero de serie isto é incrível
Hoje os 4 cantos da Europa com o F.M.I. à perna
Arrastada numa tragédia grega, mas esta, moderna
Escândalo sexual num vaticano sem saída
Sec XXI - nova caça as bruxas invertida
Combustíveis fosseis serão extintos em curto espaço de tempo
Famílias stressadas juntas num curto e escaço momento
Heróis como San Suu Kyi e Mandela que não querem desforra
Ao contrário de tantos em valas comuns pelo mundo fora
E a lei é "deixa andar", e a culpa morre sem marido
Ser Humano é sempre o agressor e cada ver mais ferido
Arrasta-se ludibriado a querer enganar
E alastra-se o grito rouco a serpentear
Humano como o engano e ingrato como a ilusão
Vai se esculpindo como diamante ate perceber que é carvão



Credits
Writer(s): Samuel Lourenço
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