Tarde em Itapoã

Um velho calção de banho
O dia prá vadiar
Um mar que não tem tamanho
Um arco-íris no ar

Depois da praça Caymmi
Sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime
Beber uma água de côco
É bom... Passar uma tarde em Itapoã
Ao sol que arde em Itapoã
Ouvindo o mar de Itapoã
Falar de amor em Itapoã

Enquanto o mar inaugura
Um verde novinho em folha
Argumentar com doçura
Com uma cachaça de rolha
E com o olhar esquecido
No encontro de céu e mar
Bem devagar e sentindo
A terra toda rodar

Depois sentir o arrepio
Do vento que a noite traz
E o diz-que-diz-que macio
Que brota dos coqueirais
E nos espaços serenos
Sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços morenos
Da lua de Itapoã



Credits
Writer(s): Antonio Pecci Filho, Marcus Vinicius Da Cruz De Mello Moraes
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