A Raposa e o Boi

Pipoca na praça trepida
Fumando e bebendo a vida
Pipoca no encontro dos trios
Ali joga duro quem joga
E a nossa alegria é a droga
Que empolga e provoca arrepios

Os pretos inventam as danças
Na praça, não são seguranças
E os brancos são pretos de alma
Num tom verdadeiro e legitimo
São eles que ditam o ritmo
Dizendo no pé e na palma

E o povo exercendo o domínio
Discorda, não quer condomínio
Apartheid na via pública
Rejeite, condene a empáfia
Não quer qualquer tipo de máfia
Só música e música, sim!

Pode botar o seu bloco na rua
Que a praça é dos independentes
Fica, quem quiser praticar continua
Na história pra sempre presente

Vem para mostrar o que sabe, o que pode
O real fantasia a loucura
Mais, e muito mais do que mamãe sacode
Carnaval pode ser e é cultura

Eu vou índio no bloco
Para que você me ache
Sou comanche, eu sou apache
E na praça eu sou mais um

Com você eu toco
E tudo de bom lhe prometo
Um Zenzailê, Araketu
Filho de Gandhi, Olodum

Na Timbalada de Brown, eu vou que vou
E sou da galera do bem e do mal
Na Timbalada de Brown, eu vou que vou
E sou da galera do bem e do mal

Na Timbalada de Brown, eu vou que vou
E sou da galera do bem e do mal
Na Timbalada e Brown, eu vou que vou
E sou da galera do bem e do mal, animal!

Animal!



Credits
Writer(s): Antonio Carlos De Moraes Pires
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