Perdidamente (Ao Vivo)

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens, morder como quem beija
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do reino de aquém e de além dor

É ter de mil desejos o explendor
E não saber sequer que se deseja
É ter cá dentro um astro que flameja
É ter garras e asas de condor

É ter fome, é ter sede de infinito
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim
É condensar o mundo num só grito

E é amar-te assim, perdidamente
E é seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando, a toda a gente

E é amar-te assim, perdidamente
E é seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando, a toda a gente

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens, morder como quem beija
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do reino de aquém e de além dor

É ter de mil desejos o explendor
E não saber sequer que se deseja
É ter cá dentro um astro que flameja
É ter garras e asas de condor

E é amar-te assim, perdidamente
E é seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando, a toda a gente

E é amar-te assim, perdidamente
E é seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando, a toda a gente

E é amar-te (assim, perdidamente)
E é seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando, a toda a gente)

E é amar-te assim, perdidamente
E é seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando, a toda a gente



Credits
Writer(s): Joao Manuel Gil Lopes, Florbela Espanca
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