Noite das Sete Colinas

Entro pela noite dentro
Sem pressa ou vagar
Sigo sozinho entre as luzes
Ao fio do luar

Uma janela discreta
Insinua um olhar
Um andar generoso no beco
Que me obriga a parar

Eu sinto um depor indolente
E a medida que avanço na noite
Ele paira no ar

Ai aiaiaiai um sabor a pecado
Que se esconde por traz de uma esquina
E me agarra ao passar

E e a noite que acorda
É a dança que avança num doce deambular
Corpos colados suados
E lábios molhados no escuro do bar

Homens gingado finais
Marinheiros do amor que atracam no cais
Em cabarés e pensões sonhos e ilusões
Que ja não voltam mais

Eu sinto um trepor indolente
E a medida que avanço noite ele paira no ar

Ai aiaiaiai um sabor a pecado
Que se esconde por traz de uma esquina
E me agarra ao passar

Ai sinto quando a noite se acaba
E a janela discreta se feicha e se deixa cobrir

É uma luz que se acaba
É a noite das sete colinas deixai a dormir



Credits
Writer(s): Alberto Ferreira Paulo
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