Alpendre da Saudade

Às vezes fico
No alpendre da fazenda
Contemplando a vivenda
Onde eu era tão feliz

E bem na frente
Num barranco ao pé da estrada
Foi passagem de boiada
Tão pisada e o chão me diz

Por quê?
Por que você mudou?
Por que se afastou de mim?

Eu sou apenas uma estrada
Não sou mais pisada
E tão abandonada enfim

Eu sou apenas uma estrada
Não sou mais pisada
E tão abandonada enfim

O que me adianta
Este alpendre da fazenda
Que eu troquei pela vivenda
Por ser tão cheia de pó

Mas era um pó
Cheio de felicidade
Hoje é o pó da saudade
E eu chorando aqui tão só

Eu sei
Eu sei qual a razão
Pois o meu coração me diz

Mas quando eu pego na viola
Ela me consola
Ela é o que me faz feliz

Mas quando eu pego na viola
Ela me consola
Ela é o que me faz feliz



Credits
Writer(s): Joao Batista Da Silva, Edmundo Rosa Souto
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