De Volta Ao Futuro

Em matéria de previsão, eu deixo furo
Futuro, eu juro, é dimensão
Não consigo ver nem sequer rever

Isso porque no lusco–fusco
Ora, pitombas
Minha bola de cristal fica fosca
Mando bala no escuro
Acerto o tiro na boca da mosca

Ouras tantas, giro a Terra toda às tontas
Dobro o Cabo das Tormentas
Rebatizo Boa-Esperança
E vou pegando pelo rabo a lebre de vidro
Do acaso por acaso

Em matéria de previsão só deixo furo
Futuro, eu juro, é dimensão
Vejo bem no clar e tão mal no escuro

Minha vida afinal navega tal e qual
Caravela de Cabral
O marinheiro mete a cara na janela e grita
Sinal de terra, terra à vista!
Tanto faz, Brasil ou Índia
Ocidental, Oriental

Ó sina, começa sempre a dança
Recomeça, sempre recomeça a dança da sinuca
Sempre recomeça a dança
A mesma dança da sinuca vital

Minha vida afinal navega tal e qual
Caravela de Cabral
O marinheiro mete a cara na janela e grita
Sinal de terra, terra à vista!
Tanto faz, Brasil ou Índia
Ocidental, Oriental

Ó sina, começa sempre a dança
Recomeça, sempre recomeça a dança da sinuca
Sempre recomeça a dança
A mesma dança da sinuca vital



Credits
Writer(s): Waly Salomao, Ricardo Cristaldi
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