Alma de Estância e Querência (Ao Vivo)

Da gadaria faz silhueta a madrugada
Das quatro quadras da invernada do branquilho
Rodeio grande, saltou cedo a peonada
Levando a lua na cabeça do lombilho
Vai, Marenco

A mim me toca repontar o fundo do campo
Na hora santa em que a manhã tira o seu véu
Levo na testa do gateado a última estrela
Que aquerenciada não quis mais voltar pra o céu

E o meu cavalo que lhe gusta ouvir um silvido
Olha comprido e põe tenência nas orelhas
Enxergo o gado e o assobio sai tão sentido
Que acende o sol num gravatá crista vermelha

E o meu cavalo que lhe gusta ouvir um silvido
Olha comprido e põe tenência nas orelha
Enxergo o gado e o assobio sai tão sentido
Que acende o sol num gravatá crista vermelha

Márcio Rosado!

O boi compreende o chamado da melodia
E a gadaria pisoteia um Santa Fé
Chegam no passo da restinga, e uma traíra
Atira um bote à flor azul de um aguapé

Olhando a ponta que encordoa pra o rodeio
Cresce o anseio de viver nestas lonjura
Bárbara é a lida no lombo dos arreio
E alma de campo é a bendição desta planura

Já me disseram que se acabam as invernadas
Que retalhadas marcam o fim dessa existência
Mas trago a essência e a constância de um olho d'água
E a alma pendoada com sementes de querência

Já me disseram que se acabam as invernadas
Que retalhadas marcam o fim dessa existência
Mas trago a essência e a constância de um olho d'água
E a alma pendoada com sementes de querência
Mas trago a essência e a constância de um olho d'água
E a alma pendoada com sementes de querência

Rio Sapucaí (obrigado, pessoal)



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