Morro Velho (Ao Vivo)

No sertão da minha terra
Fazenda é o camarada que ao chão se deu
Fez a obrigação com força
Parece até que tudo aquilo ali é seu

Só poder sentar no morro
E ver tudo verdinho, lindo a crescer
Orgulhoso camarada
De viola em vez de enxada

Filho do branco e do preto
Correndo pela estrada atrás de passarinho
Pela plantação adentro
Crescendo os dois meninos, sempre pequeninos

Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha
Dá pro fundo ver
Orgulhoso camarada
Conta histórias pra moçada

Filho do senhor vai embora
É tempo de estudos na cidade grande
Parte, tem os olhos tristes

Deixando o companheiro na estação distante
Não me esqueça, amigo, eu vou voltar
Some longe o trenzinho ao deus-dará

Quando volta já é outro
Trouxe até sinhá mocinha para apresentar
Linda como a luz da lua
Que em lugar nenhum rebrilha como lá

Já tem nome de doutor
E agora na fazenda é quem vai mandar
Seu velho camarada
Já não brinca, mas trabalha

Sou boba querendo atoa
O disco que a gente fez tem como lançamento
Duas, dois compositores praticamente inéditos
Um deles já foi gravado anteriormente, mas
Passou por um período de geladeira aí, aí de repente

A gente se encontrou assim, descobriu umas músicas legais e
Cantei, tomara que dê certo, espero
É o mais alto dos mais novos, o Renato Teixeira

Renato
Renato é um moço de Taubaté
E ele aproveita um pouco do folclore de São Paulo
Nas músicas que ele faz
E são coisas realmente muito bonitas
E eu só espero que você também dê certo, rapaz



Credits
Writer(s): Do Nascimento Milton
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